Quinzinho, roceiro aquietado, tinha uma fraqueza. Ritinha acendia nele a chama da paixão. Certa noite, quadra de São João, a encontrou na festa da fazenda. Graciosa, bonita, conseguia despertar em sua alma quase uma obsessão. Lá pelas tantas, fogueira queimada,
Apolinário era solitário. Solidão que só aumentou com a idade, mal que fez de sua alma morada de demônios, que se multiplicavam à medida que ia aumentando as doses de cachaça. Corpo e mente debilitados, quando voltava da venda para o casebre em que vivia na beira do rio,
Seu Leôncio, oitenta e tantos anos, sorvia calmamente uma dose de cagibrina, chapéu na cabeça. Terêncio, façanheiro desrespeitoso, passou e junto com um “eu sou é macho!” deu-lhe um tapa que fez voar o chapéu do ancião. Seu Leôncio levantou-se, pegou calmamente o chapéu, ajeitou-o e continuou nos goles compassados da bebida. Terêncio passou de novo e repetiu o tapa no meio do “eu sou é macho!”. Leôncio foi lá e com a mesma calma apanhou o chapéu. Quando Terêncio veio pela terceira vez o velhinho lhe perguntou: “Por acaso vossa graça é filho de dona Mariquinha?”. O valentão brecou os passos e respondeu: “Sou, sim. Por quê?”. Seu Leôncio foi curto e grosso: “Tracei muito a senhora sua mãe...”
Façanheiro - [De façanha + -eiro.] – Adjetivo - Substantivo masculino - 1.Que ou aquele que alardeia façanhas; gabola, bazófio, valentão.
Passava pela mesma calçada e parava sob a mesma janela na esperança de que ela se
debruçasse no umbral e lhe desse um sorriso. Nada, pois mesmo quando já estava
enfeitando o batente com sua beleza, fazendo dele uma tela de pintura, bastava vê-lo
para sumir.
Os donos traziam seus animais e nos fins de semana o local se transformava numa grande
feira. Totonho era quem cuidava dos bichos. A maioria dos cavalos era da raça manga-larga.
Chegando de viagem, capitão Juca Barros apartou um da tropa, o baio com uma marca, façalvo
que o distinguia dos demais,
Tonico tinha fama de bom fabro. Mas certo dia descobriu que beleza e mecânica não se
misturam. Foi assim. A dona parou o carrão na sua oficina, desceu elegante e majestosa e
perguntou-lhe se podia ver o motor estava esquentando tanto. Enquanto ela se refrescava na
vasca de água de poço ao lado
Betinho, músico sem carreira, fazia biscates para sobreviver. Certo dia recebeu uma proposta
que mudou sua vida. Recebeu proposta para ensinar a quenga de um poderoso que queira ser
cantora profissional. A moça veio, ele se encheu de olhos por ela e topou. Por dos motivos: a
grana era boa e a dona um pitéu.
Passava pela mesma calçada e parava sob a mesma janela na esperança de que ela se
debruçasse no umbral e lhe desse um sorriso. Nada, pois mesmo quando já estava
enfeitando o batente com sua beleza, fazendo dele uma tela de pintura, bastava vê-lo
para sumir. Procurou um pai de santo.
Terêncio era servidor exemplar, desses para quem o trabalho é uma religião. Não estudara, mas
por ser tão dedicado e por ter comprovada experiência, foi nomeado para o IEDIC
O Suapi fora tomado por um enorme vazio desde que seu Levindo se fora. Todos, no vale do
Cotingo, sentiam falta daquele fizera um garimpo ser conhecido Brasil afora como o seio dos
Zelão viera da Bahia trabalhar na construção da BR-174 e com ele, outros da boa terra. Unidos pelas origens, tinham os mesmos hábitos de alimentação, música e religião:
Jamais vira a natureza se manifestar de maneira tão furiosa. Foram dias e dias, mais de
mês, de tempestades que pareciam querer engolir tudo naquele fim de mundo.
Aprender com os índios a sabedoria da vida fez com que Antônio acabasse adotando
os costumes da aldeia. Incorporou no seu dia-a-dia valores morais e espirituais e a
Ainda criança ele descobriu que seria vítima de muitas babas vida afora, como a babugem que
lhe escorria pela boca; ou a baba das vacas que ordenhava a mando do pai.