O Barão resolveu me dar uma chance. Disse que, se eu me comportar, posso até voltar a escrever para o jornaleco.
Saudade de vocês. Sem mágoa, acho que a Conceição Brilhante estava certa quando alertou sobre a possibilidade de meus textos caírem em mãos de crianças.
Depois de 45 dias em retiro espiritual, volto ao mundo dos vivos. Estou pensando em procurar ajuda psicológica. Acreditam que, no convento em que me internei, eu sonhei algumas vezes transando com Frei Damião e já andava meio desconfiada de que a madre superiora estava a fim de mim? Cruz, credo!
O mundo está podre. No convento, descobri que umas noviças fazem mais questão da presença noturna de Bianor, o jardineiro, do que receber graças de Nosso Senhor Jesus Cristo. Lá, vi lances e ouvi gritos e sussurros que fariam muitas quengas ruborizar.
Aproveito minha estada aqui fora para, no domingo, cumprir com meu dever cívico: votar. Com as opções que temos, está muito difícil fazer uma boa escolha. Fico com bandidos antigos ou escolho futuros novos ladrões?
Para presidente, eu até pensava em votar no Álvaro Dias. Acho o senador paranaense uma gracinha. Se aquele homem falasse só um pouquinho em meu ouvido com aquele vozeirão, eu daria tudo o que ele me pedisse y otras cositas más. Como a candidatura de Alvinho não decolou, vou com fazer como a maioria do brasileiros: vou de Bolsonaro 17.
Seja o que Deus quiser. Vou votar em candidatos que não posso dizer serem os melhores, mas os menos ruins. É votar e manter o corpitcho limpinho, cheiroso e depilado, pois, se vierem nos enrabar, eu não quero que saiam falando mal de mim.
Boa sorte. Boa votação.
Fui!!!