Aristeu garimpou Amazônia afora, bamburrou e blefou, gastando o ganho com mulher e cachaça. Perdia as amantes por não conseguia se livrar da manguaça.
Certa vez, encantado por Ritinha Boca-de-ouro, loirinha jeitosinha, passou a arrastar um caminhão de qualquer coisa por ela. Até que, certa noite, novamente bêbado, blefado numa corrutela qualquer, ela o trocou por outro, o bamburrado do dia. Não suportou e jogou-se no rio, disposto a dar fim à vida. Sabe-se lá como, não se afogou e bem abaixo, numa curva, foi salvo pelos caá-diapá, poucos que ainda restavam numa pequena aldeia às margens do Juruá. Passou a viver com eles e desde então, se preciso fosse, daria a vida por seus anjos-da-guarda. caá-diapá Bras. Substantivo de dois gêneros 1.Etnôn. Indivíduo dos caas-diapás [ou (etnôn. bras.) *Kaha-dyapá], povo indígena que habitava a margem esquerda do rio Juruá (AM), na divisa com AC. Adjetivo de dois gêneros 2.Pertencente ou relativo a esse povo. [Pl.: caás-diapás.]
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