Passava pela mesma calçada e parava sob a mesma janela na esperança de que ela se debruçasse no umbral e lhe desse um sorriso. Nada, pois mesmo quando já estava enfeitando o batente com sua beleza, fazendo dele uma tela de pintura, bastava vê-lo para sumir.
Procurou um pai de santo. Feita a consulta, recebeu a receita, providenciou os ingredientes e lá se foi, sexta-feira, hora morta, depositar o ebó na encruzilhada. Como recomendou o babalorixá, deixou uma pena de galinha preta enfiada na fresta da janela. Tocando-a, disse, cairá de amores. A coisa funcionou, mas não do jeito que queria. Na manhã de sábado, lá estava a irmã mais velha, sorridente, pena preta na mão e... feia feito o capeta! Ebó [Do ior.] - Substantivo masculino Bras. 1.Rel. Oferenda ou sacrifício de animal votivo a um orixá; 2.Restr. Oferenda a Exu, que se deposita em encruzilhadas; despacho; e 3.Oferenda feiticeira de finalidades maléficas.
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