Terça, 03 Novembro 2020 03:51

    Pandemia não é problema

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    Empresários abrem restaurante durante crise e se dão bem

    Passado o carnaval, com o surgimento das primeiras vítimas da covid-19, o pânico instalou-se entre governantes e cidadãos brasileiros. Incertezas, que ainda existem entre especialistas de saúde, levaram ao fechamento de escolas, cinemas, teatros, bares, restaurantes, enfim qualquer ambiente que pudesse levar a aglomerações e facilitasse a contaminação pelo vírus chinês.

    Fazia tempo que o cearense de Quiterianóplolis, Carlos Moura, planejava tocar o seu próprio negócio. Associado com Adriano Fernandes, reformava ponto comercial onde seria instalado um restaurante.
    Apesar de preocupados com os acontecimentos e com as incertezas do futuro próximo, os sócios resolveram levar adiante o projeto.

    Quando as adaptações do local ficaram prontas, o atendimento ao público passou a ser feito via delivery. Sorte é que a rica agenda de Carlos serviu para atrair clientes. Muitos clentes.

    EXPERIÊNCIA, CONHECIMENTOS E SIMPATIA
    Antes de mudar-se para Boa Vista, Carlos Moura tentou a vida em São Paulo. Na maior cidade do país, ele teve sorte de trabalhar por seis anos e meio como garçom no Rubayat, restaurante classe A, famoso pela qualidade de suas carnes, principalmente picanha.

    Entre atendimentos a uma e outra mesas, Carlos absorvia o jeito que o pessoal da cozinha usava para que as carnes sempre agradassem e inspirassem elogios dos frequentadores da casa.

    A convite do irmão, Lisboa, pastor evangélico, Carlos resolveu conhecer Boa Vista e sondar se, por aqui, teria mais sorte que na cidade grande. Seu primeiro emprego foi no Restaurante Meu Cantinho, quanto este ainda funcionava na Praça Barreto Leite, cujo prédio abrigou a sede da fazenda que deu início à cidade que hoje é capital do Estado de Roraima.

    O restaurante mudou de endereço. Carlos foi junto. Eficiente, atencioso, aos poucos, o cearense foi conquistando a simpatia dos clientes da casa de carnes.

    “Pessoas me ligavam pedindo para reservar mesa, fazer pedidos, dizer como queriam as suas carnes...

    Esses contatos na agenda do meu celular foram e são muito importantes para o sucesso de nossa casa”, festeja o restauranteur.

    Antes de abrir o Ponto da Picanha, Carlos mandou mensagem para todos as pessoas de sua agenda comunicando a novidade e pedindo apoio. “Ficamos surpresos com a resposta. Tivemos dificuldade para nos ajustar e atender a quantidade de pedidos feitos nos primeiros dias”, comenta.

    “Com a flexibilização das exigências por causa da pandemia, adaptamos o ambiente e, com 20 mesas no salão arejado e climatizado, o restaurante Ponto da Picanha, vende, em média, 100 refeições por dia”. detalha Carlos. E acrescenta: “De domingo a domingo”.

    PATROA NA PARADA
    Carlos conta que nunca foi de ficar parado. E, para fazer o pé de meia que, um dia, usaria em carreira solo, trabalhava como taxista nas horas de folga. Um dia, ao transportar uma passageira, comerciária de uma loja do centro da cidade, para a casa dela, sentiu-se atraído pela maranhense. Pouco tempo depois, ao transportar a mesma passageira, levou-se, desta vez, para a casa dela.

    Logo, Carlos estava casado com Mayades, natural de São Luiz, que, em 11 anos de convívio, lhe deu duas dilhas: Sara de 7 anos e Receca, de 9.

    Hoje, o Ponto da Picanha é administrado por Carlos e Mayades, que coordenam o trabalho de 11 funcionários. Nas horas comerciais, Carlos se dedica ao atendimento de clientes e relações públicas - coisa que faz muito bem. Mayades se ocupa com o caixa e atendimento de pedidos feitos para viagem.

    Servindo comida de primeira, em generosas porções, o Ponto da Picanha funciona todos os dias da semana, das 11h30 às 14h e das 19h às 23h. Pedidos para entrega - ou para retirada - podem ser feitos pelo Instagram e pelo WhatsApp (99157-0255). Reservas podem ser feitas pela mesma via.

    No número 1750, da avenida Ville Roy, no bairro Sâo Vicente, picanha e carne de sol na pedra são os pratos principais do restaurante. No local, o cliente pode delciciar-se com chopes da Haus Bier Roraima, mas cervejas de conhecidas marcas também podem ser tomadas por ali.

    Vale a pena conhecer o lugar.

    SUCESSO - Mayades e Carlos Moura tocam, com sucesso o restaurante Ponto da Picanha, na Ville Roy, bairro São Vicente

    Lido 1943 vezes Última modificação em Terça, 03 Novembro 2020 04:02
    Aroldo Pinheiro

    Aroldo Pinheiro,  roraimense, comerciante, jornalista formado pela Universidade Federal de Roraima. Três livros publicados: "30 CONTOS DIVERSOS - Causos de nossa gente" (2003), "A MOSCA - Romance de vida e de morte" (2004) e "20 CONTOS INVERSOS E DOIS DEDOS DE PROSA - Causos de nossa gente".

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