No domingo, 16, dentro da simplicidade que sempre pautou a vida do niversariante, parentes e amigos muito íntimos se reuniram em almoço, no Bairro dos Estados, para comemorar o centésimo outubro do paraibano de Cajazeiras que adotou Roraima como sua terra e, informalmente, substituiu o sobrenome pelo ofício:
Daniel Sapateiro.
No comando de seus próprios movimentos, lúcido, simpático, “seu” Daniel declara-e muito feliz por chegar a essa idade. “Mais ainda por ser independente e pelo fato de minha saúde permitir que eu não dê trabalho a ninguém”.
Bolo simples, com um chinelo, um martelo e algumas tachinhas aludiam ao ofício de Daniel Sapateiro (Foto: Arquivo Pessoal)
Regabofe
O almoço, na residência do único filho de Daniel, Francisco Dagoberto, teve peixe, galeto e carne assada. O aniversariante saboreou todas as opções postas à mesa.
“Como de tudo. Lembro-me de uma vez que comi um desses sanduíches que vendem por aí e passei mal: devia ter alguma coisa estragada dentro”, comenta, orgulhoso pela eficiência de seu sistema digestivo.
Para cantar o “Parabéns a você” para o sapateiro aposentado, além da esposa,filho, nora, neto e uns poucos amigos bem chegados, compareceram três sobrinhos vindos do Distrito Federal: coronel do Corpo de Bombeiros Militar de Brasília, Cleginaldo, Maria e Gildete - filhos de Raimunda, irmã mais velha do aniversariante,
que morreu em 2014, com 108 anos de idade. “Quando Santa, minha mana, completou 100 cem anos, eu fui à festa em Brasília”, diz seu Daniel.
Da vida, Daniel Sapateiro não espera nem cobra mais nada; filosofa: “Quantos anos mais Deus me der serão bem-vindos. Tomara que sejam com saúde, encerra.