Sexta, 13 Outubro 2017 13:36

    300 anos da neguinha mais querida do Brasil

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    300 anos da neguinha mais querida do Brasil Cultura Brasileira

    O Brasil parou para comemorar os três séculos da santa mais venerada pelos brasileiros

    Tudo começou em 1717, no Rio Paraíba do Sul (SP), quando três pescadores, depois de recolher redes sem nenhum peixe, deram com pequena imagem presa ao emaranhado de linhas. Conta-se que, depois do achado, a pescaria foi farta. A história do “milagre” se espalhou e, logo, se criou a lenda da “santa aparecida das águas”.

    Quase dois séculos depois, em 1888, próximo àquele local, uma basílica foi construída. Na segunda década do século 20, o intenso movimento de pessoas querendo reverenciar a santa, deu origem ao município de Aparecida a 180 quilômetros da cidade de Sâo Paulo.

    Em 1930, Nossa Senhora Aparecida tornou-se a padroeira do Brasil. Neste ano comemora-se o tricentésimo aniversário do surgimento da imagem desta santa que é a mais adorada entre católicos. Com população de 36 mil habitantes, a cidade está preparada para receber mais de 200 mil fiéis, durante 12 dias de festas (de 1º a 12 de outubro – feriado nacional dedicado a Nossa Senhora Aparecida).

    O santuário de Aparecida - 143 mil metros quadrados, com igreja que pode abrigar 30 mil pessoas, seis capelas e museus - será o ponto alto de encontro dos romeiros. Para os dias de festa e adoração, programaram-se eventos mais popularescos, como shows dos padres Fábio de Melo e Reginaldo Manzotti. No dia do encerramento, 12, artistas devotos de Nossa Senhora Aparecida, como Chitãozinho e Xororó, Michel Teló e Alcione se apresentam no santuário, com dispensa de cachê.

    (Reprodução VEJA-SP)

    Monumento

    A cidade se prepara para receber mais um monumento. Em homenagem à santa, uma estátua com 50m de altura – 12m a mais que o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro –, construída em aço inoxidável, deverá ser instalada a três quilômetros da basílica.

    Parte do custo, cerca de R$ 2 milhões, será doado por Gilmar Pinna, artista plástico, autor da obra. “A imagem poderá ser vista da Via Dutra”, diz o escultor. Para a exposição permanente do monumento, urbaniza-se um parque com 130 mil metros quadrados, contendo praça de alimentação e capacidade para acomodar dois mil veículos.

    Tudo que se volta a Nossa Senhora Aparecida toma proporções gigantescas. Pessoas humildes e gente abastada cultuam-na com o mesmo fervor. “Fiz das tripas coração para conseguir e, neste ano, no dia 12, estarei no santuário para agradecer a graça que ‘minha neguinha me concedeu”, festeja, o pedreiro Santóris Silva. Juiz do Trabalho no Estado do Amazonas, Adilson Dantas, declara: “Fiz  questão de visitar o santuário e a igreja da ‘neguinha’ para agradecer a proteção que ela tem me dado em toda a minha vida”.

     

    Agradecimento à Padroeira do Brasil

    Ah, minha Neguinha amada! Quanto tenho a agradecer pela tua intercessão junto a Deus em minha vida! Manifestaste todo Teu amor quando, pela primeira vez, estive na Tua Basílica, em Aparecida do Norte, rogando-Te abençoar o tratamento da minha esposa Maria em nosso desejo de sermos pais; estendeste Teu Manto Sagrado durante toda a gravidez dela, permitindo a realização de verdadeiro milagre, pois que a possibilidade de perder nossa hoje adulta filha Lygia vencesse as mais pessimistas estatísticas médicas. Quando médicos afirmaram que minha Maria não mais teria filhos, Teu amor e Tua poderosa intercessão nos deram de presente o Vinícius, isso há 16 anos. E quando do meu câncer, Mãe querida? A angústia de receber o laudo da biópsia me fez largar tudo o que estava fazendo e partir para São Paulo, fugindo do peso de um mundo maior do que o próprio Atlas poderia suportar; no caminho de volta, Tua força, Teu amor, Tua misericórdia e Teu colo de mãe me chamaram de novo à Tua casa, sem que tivesse me programado para aquele momento, dando-me a oportunidade de assistir à celebração de Missa da qual meus filhos (ainda com 3 e 5 anos) participaram sem nenhuma manifestação da inquietude natural das crianças, certamente embevecidos pelo magnetismo da Tua presença ali, naquele Santuário. Rezei, chorei, chorei e chorei mais ainda, mas não o fiz de angústia; fiz porque Teu colo me amparava, Teu Manto me envolvia e me dizias, de modo muito claro, que irias até Deus para que, de mim, Ele tivesse compaixão e me desse a oportunidade de ver meus filhos crescerem. E lá se foram 13 anos dessa Tua bênção, minha Neguinha querida! Ah, meu Amor! São tantas as dádivas que espalhaste em minha vida que muitas seriam as linhas necessárias para poder mostrar uma pequena parte de Tua presença em minha vida. É certo que, hoje, todos Te reverenciamos de modo especial; colho a bênção de, todos os dias, chegando a meu trabalho e ao preparar-me para dormir, ver Tua imagem e, como sempre, agradecer-Te. Minha pretinha amada, recebe todo meu amor, meu respeito, meu carinho, meus agradecimentos por tudo que fizeste e tens feito na minha vida e de minha família. Amo-te sempre!

    Adilson Maciel Dantas, juiz do Trabalho

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    Aroldo Pinheiro

    Aroldo Pinheiro,  roraimense, comerciante, jornalista formado pela Universidade Federal de Roraima. Três livros publicados: "30 CONTOS DIVERSOS - Causos de nossa gente" (2003), "A MOSCA - Romance de vida e de morte" (2004) e "20 CONTOS INVERSOS E DOIS DEDOS DE PROSA - Causos de nossa gente".

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