Oi, gentem,
Não sei onde minha cabeça estava no dia em que me envolvi com o colombiano. Foram três meses de vida perdidos. Graças a Deus e à ajuda de alguns novos amigos, consegui fugir do inferno em que me encontrava e voltar para minha Boa Vista querida.
Quando eu penso que meu sofrimento se acabou e que os caminhos para a paz estão abertos, acordo às três da manhã e dou com o peste à minha porta. Bêbado, o animal misturava promessas de amor com ameaças. Tive que chamar a polícia, mas os PMs, sem nem querer saber direito do que se tratava, disseram que não podiam fazer nada contra refugiados venezuelanos, "a não ser que estejam em flagrante delito".
Me encaralhei. Ali, na frente dos homens da lei, esperneei, gritei, acordei a vizinhança e só voltei à minha tranquilidade depois que o Três-pernas sumiu prum boteco.
Juro que estou com medo e vou me mudar para a casa de amiga no bairro Nova Cidade.
Para mostrar a Ramón que não tenho mais nenhum interesse nele, abri o jogo e menti. Disse-lhe sobre as preferências sexuais da mãe dele e, para provocá-lo, disse-lhe que só voltaria para a Venezuela se fosse para viver com Mercedes – minha ex-quase-sogra.
O cara saiu daqui fumaçando e bufando. Tomara que minha atitude tenha afastado de vez esse impingem de bunda.
Queridas e queridos, desculpem-me por usar esse espaço para desabafar sobre assunto que não lhes diz respeito. Quero dizer aos meus leitores que estou de volta ao baronato, pronta para tirar dúvidas e aconselhar sobre coisas do sexo. Entrem em contato.
Beijos,
Fui!