Coisa de criança

    Pelo interfone, o porteiro avisa que tem crianças em situação de perigo no apartamento 501. Mariana, mãe, vai à sacada e encontra o filho, 4 anos, em companhia de Dadá, mesma idade, ambos pendurados na tela de proteção.

    Depois de cuidadosamente afastado do local e severamente advertido, Guilherme justifica:

    - Mãe, a gente tava só brincando de Homem-aranha.

    No zoológico, ao ver um sagui, Anajara, 4 aninhos, presta atenção e fala:

    - Mãe, esse macaquinho tá assado. Vamos botar um talquinho na bundinha dele?

    Apagão. Mais um. Sem TV, sem computador, Mariana entretém o filho contando histórias e fazendo cosquinha na barriga dele. Vendo-o sonolento, ela diz:

    - Tá bom. Agora, rezar e dormir.

    - Mãe, posso fazer um pedido pro Papai do Céu?

    - O que você quer?

    - Que falte luz toda noite aqui em casa.

    Bia, gracinha de sete anos de idade, festeja:

    - Bom mesmo que “essa” Dilma saia daí.

    Aleide, a avó, questiona:

    - E quem vai assumir no lugar dela?

    - Michel Teló, né, vó? E, com ele, vai ser bem melhor.

     

     

    Aos oito anos de idade, Daniel pediu-me um minibuggy.

    - Não posso dar, meu filho.

    - Mas, pai, todos meus colegas têm um minibuggy

    - Mas seu pai não tem dinheiro pra comprar um, meu filho.

    - Pai, como faz pra ganhar dinheiro?

    - A gente trabalha...

    - Pai, “tu precisa” trabalhar mais.

    Ao ver o prato servido, Pinheirinho, 5 anos, diz: “Eu gosto de salada”. E, separando pedaços de legumes com o garfo, acrescenta: “Não gosto de pimentão, nem de alface, nem desse negócio aqui... Só gosto de salada de tomate”.

    E Beatriz, quatro aninhos, diz: - Eu queria ser um passarinho... 

    Perguntada porquê; ela responde: - Só pra sair voando por aí. 

    Eu: - Passarinhos comem minhocas, aranhas, baratas, besouros...

    Ela: - Aí eu viro criança de novo

    Depois do almoço, o casal tomou rumo de casa. Cada um em seu carro; cada um com uma das filhas. Nos semáforos, os veículos se emparelhavam e a família brincava entre si. Depois do último sinal, a mãe acelerou, deixando o carro do pai com a filha mais nova pra trás. Vendo que a distância aumentava, a pequena, seis aninhos, vislumbrando ali uma disputa, apelou:

    - Tu tem um plano B, né, papai?

    Flavinho, cinco aninhos, sentado ao colo do pai, folheava álbum de fotografias; de repente:

    - Pai, eu quero um irmãozinho...

    - Não pode, meu filho: sua mãe não pode mais ter filhos.

    - Mas, pai, tu num tem piroca?

    Na sala, eu assistia a um filme. Guilherme, seis anos, jogava com o computador. Levantei-me, desliguei os aparelhos e ouvi:

    - Num tá gostando do filme, vovô?

    - Não. É meio chato.

    - É assim mesmo, vovô: primeiro ales apresentam as pessoas; depois, surge um problema; e, no final, termina tudo bem.

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