Coisa de criança

    Flavinho, cinco aninhos, sentado ao colo do pai, folheava álbum de fotografias; de repente:

    - Pai, eu quero um irmãozinho...

    - Não pode, meu filho: sua mãe não pode mais ter filhos.

    - Mas, pai, tu num tem piroca?

    Na sala, eu assistia a um filme. Guilherme, seis anos, jogava com o computador. Levantei-me, desliguei os aparelhos e ouvi:

    - Num tá gostando do filme, vovô?

    - Não. É meio chato.

    - É assim mesmo, vovô: primeiro ales apresentam as pessoas; depois, surge um problema; e, no final, termina tudo bem.

    Natal em Brasília, o Papai Noel contratado sofreu acidente e não pôde comparecer à festa. Em cima da hora, resolvemos colocar nosso primo, Neumar, para fazer as vezes do bom velhinho. Àquelas alturas, todos nós já tínhamos tomado boas doses de uísque; Neumar inclusive.

    Imediatamente depois de receber presentes e conselhos do São Nicolau improvisado, Natália, então com seis aninhos, correu para a mãe e reclamou:

    - Nossa, esse Papai Noel tem um bafo.

    Por meio de exames, o pediatra viu que as crianças tinham vermes e recomendou tratamento radical: purgantes. No quintal, os pirralhos brincavam quando o mais velho, vendo uns 20 centímetros de lombriga saindo da calcinha de irmã, gritou:
    - Mãe, a Cristina tá descaindo!!!

    Sem querer mais comer, Guilherme, quatro aninhos, diz para Mariana:
    - Chega mãe. ‘Tou cheio.
    - Não se diz “tou cheio”, meu filho; a gente diz “estou satisfeito”.
    Mais tarde, da rede na varanda, Mariana grita:
    - Guilherme, vem ver que linda a lua cheia!
    - Não é lua cheia, mãe: é lua satisfeita.

    Na fila do “Caixa Cultural”, em Brasília. Eu e minha filhota caçula. Recepcionista se aproxima e, ao ver meu estado físico, determina que eu faça valer meus direitos e me beneficie da entrada para prioritários. Beatriz, sete aninhos, me encara e solta:

    - Uma das vantagens de ser idoso, né, pai? 

    Pai: - Meu filho, o que você quer ser quando crescer?

    Filho, seis aninhos: - Quero ser soldado militar.

    Pai: - Mas soldado vai pra a guerra e pode ser morto pelo inimigo.

    Filho: Ah..., então eu quero ser inimigo.

     

    A avó de Bernardo determinou que ele só sairia para jogar futebol depois que ela tivesse tomado sua lição. Cartilha aberta sobre a mesa, o pirralho dividia pensamentos entre bola e as letras:
    - U-vê-à-vá... Uva
    - Bê-ô-bô-ele-ó-ló... Bolo
    - Eme-á-má-cê-á-cá-cê-có... Macaco
    No último desafio, ansioso, Bernadinho se perdeu:
    - Cê-á-cá-esse-á-sá-cê-ó-có... Paletó

    O caminhão de madeira de Daniel, seis aninhos, quebrou. Com pregos e martelo, consertei-o. Depois, mostrando a ferramenta para meu filho, perguntei-lhe:
    - Qual é o nome disso?
    - Martelo...
    - E pra que serve o martelo?
    - Pra bater em caminhão quebrado.

    Com seis anos de idade, Paulinho continuava fazendo xixi na cama. Levado a médico, a mãe descobriu que lhe faltava educação fisiológica. Em conversa franca, Marion disse ao menino que ele deveria ir ao banheiro e urinar antes de se deitar para dormir. O pirralho arranjou um bode expiatório:
    - Eu faço xixi antes de dormir, mãe. Acho que quem mija na minha cama é o Anjo da Guarda.

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