Conversando com Beatriz, cinco aninhos, pergunto:
- O que é amor?
- É quando a gente não quer ficar longe da pessoa que a gente gosta.
- E o que é saudade?
- Parece com amor, só que a gente sente muita falta de uma pessoa da nossa família.
Voltando do quintal, Marquinho, cinco anos, trouxe a notícia:
— Mãe: “nasceu três coelho e duas coelha...”
— Como você sabe disso, meu fi lho?
— O papai olhou por baixo dos “bichinho”: acho que tinha etiqueta.
Daniel, seis aninhos, foi com os pais visitar casal de amigos da família em visita a Boa Vista: doutor Câncio e dona Ária.
Encucado com a esquisitice dos nomes, o pirralho atacou logo na saída:
- Papai: eles são do horóscopo?
Nelson Costa fazia visita a um amigo e, depois de muito papo, resolveu acender o cachimbo. Ao entrar na sala, Marquinho, quatro anos, viu a fumaceira e deu o alarme:
- Vovô, o tio Nelson está pegando fogo!
Nelson Costa fazia visita a um amigo e, depois de muito papo, resolveu acender o cachimbo. Ao entrar na sala, Marquinho, quatro anos, viu a fumaceira e deu o alarme:
- Vovô, o tio Nelson está pegando fogo!
Com a mãe, Tarcízio, 6 anos, estudava o ABC. Mas o pensamento do pirralho estava na pelada ali em frente.
- U- vê-a-vá. Uva.
- Cê-a-cá-esse-á-zá-cê-ó-có. Casaco.
- Bê-ô-bô-ele-ó-ló. Bolo.
- Dê-á-dá-dê-ó-dó. Bozó.
Pelejo, há algum tempo, para que Beatriz, 5 anos, largue a chupeta. Na última investida:
- Minha fi lha, você já é uma mocinha: está na hora de largar essa chupeta.
- Tá, bom papai: tu promete que vai parar de fumar?
Festa em casa de árabes, do equipamento de som, a música repetida: “Ralaí, Ralarrá, Ralaxi, Ralaí, Ralarrá, Ralaxi, Ralaí, Ralaxá, Ralaxí, Ralaí, Ralaxá, Ralaxí, Ralaí, Ralaxá, Ralaxí, Ralaí, Ralaxá, Ralaxí, Ralaí, Ralaxá, Ralaxí...”
Pedrinho, quatro anos, bate nas costas de Pedro sênior e pergunta:
- Pai, o CD tá furado?
Marquinho, seis anos, assistindo telejornal ao lado do pai:
- Queria que Papai Noel me desse uma metralhadora só pra gastar bala matando esses ladrões da Lava Jato.
O avô pergunta:
- Marquinho, o que quer ser quando crescer?
Espevitado, elétrico, jogador de pelada, rodador de pião, empinador de papagaio, o menino de seis anos responde:
- Num quero crescer não, vô. Eu quero é ser moleque”.