Aroldo Pinheiro, roraimense, comerciante, jornalista formado pela Universidade Federal de Roraima. Três livros publicados: "30 CONTOS DIVERSOS - Causos de nossa gente" (2003), "A MOSCA - Romance de vida e de morte" (2004) e "20 CONTOS INVERSOS E DOIS DEDOS DE PROSA - Causos de nossa gente".
Reconfortante, depois de duas rampas, 24 degraus e dezenas de passos adiante, dar de cara com esse sorriso de Nicolly Aguiar
As belas foram separadas para evitar brigas de admiradores: Tereza Sampaio vende beleza na Segad; e Clicia de Souza abafa na Rádio Roraima
Dá gosto acordar cedo só pra ver a negritude graciosa e simpática de Aldeíde de Jesus saindo pra trabalhar
Lurdinha Ferreira ficou linda com essa carequinha de Kojak. Com câncer não se brinca: a bela está de saída para Fortaleza, onde vai terminar de derrotar o mal. Esperamos pelo retorno com voz e violão
Especial - 80 anos de Aleide Pinheiro Martins
No dia 11 de outubro, no Lago Norte, em Brasília, Julieta Martins uniu-se aos tios Auricélia e Adelson Henriques e, juntos, promoveram um jantar para 80 talheres comemorando o 80° aniversário de Aleide Pinheiro Martins. Com música ao vivo e muita animação, o regabofe rolou madrugada adentro. Aleide, naturalizada roraimense, viúva de José Augusto Freire Martins, morou em Boa Vista até a década de 1970. Ela amou o presente.

Hora do parabéns a você

Zamigas desde picuchutinhas: Ana Tereza Oliveira, Aleide, Carmem Duarte e Perpe Birasil

Pinheirada: Daniel, Anne, Mariana, Guilherme, Maura, Natália e Mac Dias

Mais uma pá de convidados: Isabel Fraxe, Lê SIlva, Teíla Cruz, Carmem Duarte, Queila Pinho, Zeca Fraxe, Ana Teresa Oliveira, Perpe Brasil e Inês Maria Souto Maior
No início, ele estava desconfiado. Olhava para o arquiteto como quem observa um sommelier numa padaria. Não via utilidade. Não via por que pagar alguém para "desenhar o que já estava na cabeça".
- Projeto? Não precisa. O pedreiro entende.
Mas o arquiteto, em vez de brigar, sorriu. Usou sua arma secreta: paciência e estratégia.
- Vamos fazer só o preliminar, depois a gente contrata o restante dos projetos —, disse, como quem oferece um gole do bom vinho a quem só toma sangria da pior qualidade.
Não empurrou o pacote completo, falou que o executivo seria visto depois. Ofereceu o estudo preliminar, mas cobrou como quem sabe o valor do que entrega.
O cliente chorou como quem compra roupa em camelô. Disse que estava apertado, que era só uma ideiazinha, que talvez nem fosse construir agora. Mas, no fundo, tinha uma faísca de curiosidade e foi ela que venceu. Porque, por mais que racionalize, ninguém resiste à vontade de ver com os próprios olhos o que, até então, só existia como intuição. E assim, fechou o estudo preliminar. Não sabia ainda que naquele instante, já estava se apaixonando.
Vieram, então, a volumetria, a planta esquemática e, por fim, o render(*). Aquele render que não mostra só a casa: mostra o sonho.
Quando o cliente viu, seus olhos se arregalaram e brilharam. Na boca, o sorriso tornou evidente que havia se apaixonado pelo que estava vendo.
Ali, naquele instante, não era mais um homem vendo um projeto. Era um homem vendo o futuro.
E o arquiteto, que até então era custo, virou investimento.
Dali em diante, não houve mais discussão sobre honorários, nem dúvidas sobre seguir adiante. A obra deixou de ser tentativa e erro. Virou roteiro. Virou planejamento.
Hoje, o mesmo cliente que desconfiava virou parceiro e amigo, um verdadeiro garoto-propaganda não remunerado da causa arquitetônica.
E anda dizendo por aí: “Fazer projeto não é gasto. É economia. É paz. E é bonito pra c***!"
E quando ele fala, ninguém discute, ele não só fala, ele mostra. Puxa o celular do bolso com orgulho, abre o render(*), e diz — “Aqui ó… Foi aqui que tudo começou.”
(*)Render é o processo de transformar modelos tridimensionais em uma imagem final realista
FIGURINHA CARIMBADA, amiga de outros tempos, Loredana Kotinski derramou charme por onde passava