Ontem, quarta-feira, 12, quando se dirigia a estação de TV para conceder entrevista, a governadora Suely Campos (PP), foi surpreendida por dezenas de servidores da Companhia Energética de Roraima (CERR) que estão sem receber salários há mais de 70 dias, e que procuravam saber quando o Governo do Estado vai pagar o que lhes é devido.
Cercada por auxiliares, Suely não deu a mínima para os manifestantes. Mais: pediu proteção da PM e saiu do local cercada por policiais.
Antes de a governadora sumir, manifestante ainda teve chance de gritar para que ela ouvisse: “È assim que você quer se eleger?”
Em rodas de bate-papo, bem humorados, roraimenses dizem que, ao ouvir um “psiu”, Suely se apavora com medo de ser mais um cobrador.
Melou a festa
E parece que a governadora enfrenta seu inferno astral. Ainda na manhã de quarta-feira, em solenidade de inauguração da galeria “Médicos Pioneiros de Roraima”, em corredor do HGR, uma senhora que acompanha parente seu internado naquele hospital, tomou a fala, mostrou deficiências da Saúde no Estado e pediu providências a Frederico Linhares, que representava a chefe do Executivo.
Antes que a reclamante fosse retirada do local, uma mulher, entre convidados, registrou: “Nesse hospital falta até esparadrapo”.