Belas recepcionistas controlam o acesso ao Espaço Cultural Paricá: Janaína Gomes, Maria Antônia Gomes e Júlia Prado (Aroldo Pinheiro)
No último domingo, 27, centenas de pessoas compareceram ao Espaço Cultural Paricá, na BR-174, sentido Venezuela, quase em frente ao Pátio Roraima Shopping, e, das 18h30 às 23h se soltaram ao som de guitarras, metais e da eclética bateria do Bloco do Mujica.
A banda manda ver; o público quer som, suor e cerveja (Aroldo Pinheiro)
Desde o dia 6, o Bloco do Mujica vem atraindo cada vez mais brincantes para ensaios do que pretende apresentar na avenida. “Seja para a Ville Roy ou para a Capitão Ene Garez, a gente só quer levar alegria para esse povo animado”, diz Neuber Uchoa, compositor de uma das músicas para 2019.
Advogado Jaime Brasil e o empresário Bebeco Pujucan organizam a bagunça (Aroldo Pinheiro)
Fugindo da responsabilidade de ser presidente ou de qualquer posto de comando, Bebeco Pujucan, entusiasta e um dos criadores do bloco, declara: “Aqui não tem chefe nem cacique. Me procuram como se eu mandasse em alguma coisa. Acho que me destaco por ser grande e gordo”. E festeja: “Nós, do Mujica, sentimos que a aceitação vem crescendo e, neste ano, vamos bater novo recorde de público e animação no carnaval de Boa Vista”.
Mulheres bonitas participam ativamente da bateria: Jussara Melo e Débora Cordélio (Aroldo Pinheiro)
George Farias, cantor e compositor, autor de “Mujica sai na segunda-feira”, uma das músicas feitas para a folia de 2019, festeja o sucesso crescente de público e de animação; diz: “Naõ podemos quantificar, mas tenho certeza de que neste ano, o Mujica vai dobrar o número de foliões que arrastou no ano passado”.
O Bloco do Mujica nasceu da vontade que um grupo de intelectuais e artistas roraimenses sentiram de romper com as amarras, principalmente comerciais, do carnaval de hoje em dia. Quando impossibilitados, há algum tempo, de participarem do carnaval patrocinado e organizado pela Prefeitura de Boa Vista, deram seu grito de liberdade e, no bairro São Vicente, deram ênfase à vontade espontânea que o povo tem de reverenciar o Rei Momo.
Eclética, a bateria procura o repinique certo para o carnaval (Aroldo Pinheiro)
Por lá, ninguém sabe dizer o dia em que entrarão na avenida Ene Garcez. Nem sabem se terão a oportunidade de prestigiar o carnaval do município. Independentemente de qualquer coisa, como diz a música, o Mujica sai na segunda-feira”.
Democracia, irreverência e animação são a marca do Bloco do Mujica (Aroldo Pinheiro)