O fantasma da Hepatite C ronda a população mundial há anos. Autoridades de saúde em todo o Planeta movimentam-se na busca de esclarecer o público sobre a doença e fazer testes para detectar casos e orientar os infectados sobre como evitar o agravamento do quadro.
Acadêmicos de Farmácia fizeram a coleta e análise do sangue para os testes
Como ocorre todo ano, o Rotary Club de Boa Vista-Caçari, em parceria com o Pátio Roraima Shopping e o curso de Farmácia da Faculdades Cathedral, no sábado, 27 de julho, realizou 300 testes entre os frequentadores do local, em ação desencadeada em todo o país pela OMS (Organização Mundial de Saúde), ABPH (Associação Brasileira dos Portadores de Hepatites) e Rotarian Action Group, grupo internacional formado por rotarianos.
O coordenador técnico da campanha em Roraima, farmacêutico Bruno Bragato Neto, divulgou a estatística definitiva logo depois da realização do último teste. Apenas um deles acusou positivo. Segundo o profissional, o resultado encontra-se dentro dos padrões registrados nos anos anteriores. “A doença está sob controle em Roraima”, avalia ele. “As campanhas têm sido válidas. O público responde bem à oferta dos testes. Quem passa e vê o stand montado, para e faz o teste”, analisa Bruno.
O sistema é simples. A pessoa faz a ficha de controle, vai à mesa de coleta, o profissional dá picada na ponta do dedo com agulha descartável, colhe a gotinha de sangue e a equipe de análise entrega o resultado em, no máximo, cinco minutos.
As fichas são encaminhadas à ABPH pelo Rotary. Lá, entram na estatística nacional. Os dirigentes da entidade traçam o perfil do resultado, comparados com as campanhas anteriores e o quadro evolutivo, positivo ou negativo, da doença.
Em Roraima, fizeram o teste moradores de 49 bairros da capital, assim como dos municípios de Normandia, Pacaraima, Iracema e Caracaraí. Também vieram pessoas de outros estados (São Paulo e Rio de Janeiro) e da Venezuela, estes em número considerável.
O acadêmico de Farmácia Alexandre Conceição cursa o último semestre. Ele coordenou o grupo de 13 universitários envolvidos na campanha. Havia alunos de todos os níveis; de iniciantes a finalistas. Ele considera o trabalho muito importante na formação de todos. “Passamos da teoria à prática”, avalia. “Sentimos a expectativa do paciente quando fizemos o procedimento de coleta e análise do sangue. Tranquilizamos quem estava preocupado com o teste. Vimos a gratidão nas palavras e no olhar de todos. Também foi gratificante para nós”, finalizou.
O acadêmico Alexandre (o primeiro, sentado, à esquerda) coordenou
o grupo de universitários da Faculdades Cathedral