No Hospital de Campanha, montado em área do Estádio Canarinho, há enfermarias especialmente desenvolvidas para acomodar indígenas. A ideia de leitos-rede busca respeitar cultura e tradição de índios.
Ao apresentar os redários, o governador Antonio Denarium enfatizou que “indígenas com COVID-19 que forem internados no Hospital de Campanha poderão optar por ficar nessas enfermarias, para sua melhor comodidade”, ressaltou.
Ao todo, o Hospital de Campanha oferece 80 suportes com redes. Denarium destacou o esforço para colocar um atendimento de médicos especializados com a ajuda de tradutores, que prestarão apoio técnico aos pacientes indígenas quando for necessário. “Esse é um trabalho que já realizamos em nossas unidades de saúde de referência do Estado e que apresenta resultados positivos, devido à dedicação de uma equipe capacitada e especializada”, complementou o governador. O coordenador da Operação Acolhida, general Antônio Barros, disse que a implantação de atendimento especializado aos indígenas, com utilização de redes, faz parte de um esforço conjunto importante, porque pode contribuir diretamente na recuperação desses pacientes.
Denarium frisou ainda que o trabalho de articulação com o Dsei [Distrito Sanitário Especial Indígena] e Funai [Fundação Nacional do índio] foi fundamental para a execução do método de atendimentos especializado. “Procuramos entender o processo de atendimento que é dado aos indígenas. O índio poderá utilizar a rede por opção, conforme a sua necessidade do momento”, explicou.
Atendimento humanizado
No Hospital Materno-Infantil Nossa Senhora de Nazareth, gestantes indígenas contam com enfermarias equipadas com leitos e armadores de redes instalados. O dispositivo de humanização é uma forma de possibilitar conforto e familiarização, pois é dessa forma que os povos indígenas costumam dormir.
No Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento, o setor da Saúde indígena foi implantado em 2001. O serviço conta com a parceria da Casai, que disponibiliza mão de obra pra ajudar nos atendimentos. A equipe é composta por antropólogo e gerente do serviço, técnicos de enfermagem, assistente administrativo e intérpretes de língua Indígena.
Os índios têm direito a alimentação diferenciada quando não querem comer a mesma refeição destinada aos outros pacientes. Nas internações, se desejarem a presença de pajés, curandeiros, padres, pastores, terão acesso a esse serviço. O setor de saúde indígena também conta com um projeto de “quartos humanizados”, que são os quartos