Cidadãos andam com tanto medo que se apavoram ante o mais simples gesto. Tudo é ameaçador. O assalto sofrido pelos comerciários Adriana Esdrina Marinho Alves e seu marido, Oswaldo Flores, beira o anedotário.
No dia 18, às cinco da manhã, no bairro Aracelis, próximo à parada onde pegariam ônibus para ir ao trabalho, o casal foi interceptado por dois homens numa moto. Com a mão dentro da camisa, o carona anunciou o assalto e ordenou que Adriana lhe entregasse a bolsa.
Oswaldo notou que, em vez de uma arma, o que o assaltante segurava era uma garrafa pet e ameaçou reagir. O bandido resmungou alguma coisa, desceu da moto, bateu fortemente com a garrafa na nuca da vítima que, atordoada, viu os larápios levarem documentos, estojo de pintura e R$ 200 reais que a companheira carregava na bolsa.
Adriana conta que, passado o susto, desatou a rir, numa crise nervosa.
Sem prestar queixa à Polícia, por achar que seria perda de tempo, o casal seguiu para o trabalho.
Arma doméstica
Depois do expediente, já em casa, o casal comentava o ocorrido quando Adriana desatou em novas gargalhadas. O marido não gostou. Reclamou. Para amenizar o clima pesado, Adriana dirigiu-se à geladeira, de lá, tirou uma garrafa pet dois litros, cheinha, e brincando ameaçou:
- Se você não levar a coisa na brincadeira, eu bato com essa arma na tua nuca.
Apesar do prejuízo, pode-se dizer que o assalto sofrido por Adriana e Oswaldo teve um final feliz. E engraçado.