No dia em que o Datafolha divulgou pesquisa mostrando que 60% da população reprova o Congresso Nacional, Tiririca resolveu, pela primeira e última vez, segundo ele, subir à tribuna para informar que vai abandonar a política tão logo termine seu mandato, afirmando, ainda, estar decepcionado com o que viu na Câmara nesses quase oito anos.
Um dos deputados mais votados na história recente do País, o palhaço ressaltou seu desapontamento com os colegas, mas não relatou o que viu nesse período. Seria bom compartilhar com o público que tanto estima as sujeiras vistas no parlamento. Quem sabe, ao se afastar da vida política, Tiririca conte sua trajetória parlamentar em um livro?
Apesar de ter feito muito barulho durante a campanha com o slogan "pior do que está não fica, vote em Tiririca", ele nunca se destacou no Congresso, exceto pelo fato de ser um dos parlamentares mais assíduos da Casa e não faltar às sessões. Mas, em dois mandatos, conseguiu aprovar apenas um projeto, que beneficiou sua categoria ao incluir espetáculos circenses na Lei Rouanet. Fora isso, a atitude de maior repercussão do deputado foi a de agora, quando fez seu "primeiro e último discurso".
E, apesar de todo o caráter moralista, com um forte viés populista e demagógico na despedida, o palhaço assumido não fugiu das facilidades do cargo. Segundo a revista Veja, ele soube fazer bem feito o que seus colegas fazem rotineiramente: usar verba da Câmara para fins particulares. De acordo com a publicação, Tiririca viajou e fez show no interior de Minas Gerais com os recursos.
Se os que estão nessa estrada da vida política há muitos anos dificilmente conseguem nos representar, alguém inexpressivo no papel que lhe cabe, certamente não o fará. Com a licença da rima, realmente, pior do que está, não fica! Boa viagem, Tiririca!
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