Depois do dezembro festivo, de muitos presentes, orgia alimentar e que tais, entramos janeiro com a certeza de “um novo dia, de um novo tempo que começou”, como diz o jingle de fim de ano da Globo. Aí você cai na real e descobre o tal futuro.
Comecemos pela balança. Nos últimos dias de 2017 circulou nas redes sociais mensagem que sugeria ao leitor: “No dia 1° de janeiro, atrase a balança em cinco quilos”. Em alguns casos, oito quilos seria atitude mais adequada. Enquanto os alucinados do garfo, faca e copo – eu incluso – reclamam das festas, nutricionistas sugerem evitar, também, o descontrole entre o Ano Novo e o Natal...
Você recebeu cartão de Natal do conselho profissional onde é filiado? No início do ano chega o boleto com a cobrança da anuidade. Tem carro? Aguarde o IPVA. Mora em casa própria? Lá vem o IPTU. Comemorou as festas em sua casa? A fornecedora de energia elétrica lembrará o anfitrião daqueles momentos agradáveis.
Fatura de cartão de crédito merece destaque. Empolgado com o espírito natalino, você pegou pesado nas despesas. Inspirado em Cazuza, levou a sério o verso ”o meu cartão de crédito é uma navalha”. Agora, a conta chegou estratosférica. Você confere uma, duas, trocentas vezes, mas o histórico da despesa bate com as compras feitas. Era Natal, bolas! Como evitar o clima de bem-aventurança?
Por isso mesmo, janeiro é o mês da ressaca. Lá pelo dia 10 você começa a prometer nunca mais ganhar tanto peso, fazer tantas despesas, arrumar dívida quase impagável. Foi o último ano com o modelo fora de controle. Como o povo brasileiro é passional por natureza e emotivo por vocação, basta tocar Noite Feliz em novembro e tudo recomeça.
Feliz 2018 a todos!!!!!!
PS – Encontre brecha no cartão para a TV novinha em folha, em junho, quando começa a Copa do Mundo...