Sexta, 06 Abril 2018 04:27

    Bellini dá um up a sabores da Amazônia

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    Bellini dá um up a sabores da Amazônia Divulgação

    Vencedor de reality show gastronômico, chef de Roraima abre restaurante com destaque para sabores regionais

    Manaura, 44 anos, 10 em Roraima, formação acadêmica em Música, pós graduação em Publicidade e Propaganda, o irrequieto Beto Bellini dedica-se de corpo e alma à gastronomia e promete inaugurar no sábado, 7, restaurante que, pelo nome, mistura o gosto da comidinha caseira com toque de chef refinado. Importante: precinhos bem camaradas.

    Bellini conta que, desde menino, sentia-se atraído pelos mistérios da cozinha. Em casa, estava sempre prestando atenção (e, às vezes, dando pitaco) às misturas e mexidas em panelas feitas pela mãe.

    Beto Bellini na cozinha em que elabora os pratos servidos no Makun (Foto: divulgação)

    Cozinha para si mesmo

    Depois de algum tempo vivendo sozinho em Boa Vista - lugar a que veio para dar aula de Publicidade na Faculdade Atual - ele cansou de comer a mesmice de restaurantes e partiu para elaborar seus próprios pratos. Tomou gosto.

    O prazer de cozinhar tornou-se maior depois de casar com a roraimense Vitória. “Casadinho de novo, queria agradar a patroa e passei a inventar pratos para surpreendê-la e não deixar o relacionamento cair no lugar comum”, relata.

    Elogios de amigos que frequentavam a residência do casal levaram-no a cozinhar comercialmente. Criou o primeiro delivery de massas de Boa Vista - Mama Mia - e, com o aumento da demanda, viu que não teria tempo para dividir entre a banda de rock, as aulas na faculdade e a cozinha. “Passei o empreendimento adiante, mas o pessoal que assumiu não soube tocar o barco e teve que fechá-lo”, lamenta.

    O Mama Mia fechou, mas, como os proprietários mais recentes não pagaram o que tinha sido combinado, a marca registrada voltou para domínio de Bellini que, promete, na hora certa vai reativar o serviço. 

     

     

    Equipe Manjericão - vencedora do reality show Mão na massa (Foto: divulgação)

    Mistura de raízes

    Curioso, Beto sempre procura estar entre quem manja a alta gastronomia e pesquisar por todos os meios para elaborar seus pratos.

    Atualmente, na confortável residência da rua Angelim, no Paraviana, Bellini reúne grupos de até 16 pessoas para, numa única mesa, degustarem pratos e ouvirem sobre a elaboração de cada um deles.

    Dando preferência à inserção de condimentos e segredos indígenas a suas invenções, o nome Makun foi escolhido para batizar o point gastronômico. “Makun é uma pequena abreviatura de Makunaima”, explica.

    Beto vê grandes possibilidades de criação utilizando como base a cultura indígena e a mistura de sabores e conhecimentos que nordestinos e sulinos trouxeram para Roraima. “Olha, sabores exóticos e adaptações podem gerar pratos fantásticos”, diz. Em fevereiro, participando de reality show em Maringá (PR), o pudim de tucupi preto, criação de Bellini, foi o grande diferencial para a vitória da Equipe Manjericão na maratona de oito dias pilotando fogão.

    Os quatro integrantes do time vencedor foram agraciados com valiosos  prêmios, dentre os quais,  gratuidade nos meses que faltam para encerramento do curso superior de Gastronomia e pós-graduação na área.

    “Na hora certa, a Cesumar surgiu em minha vida. Eu via a necessidade de buscar mais conhecimentos, mas os bons cursos oferecidos nessa área ficam normalmente em São Paulo e, para atendê-los, eu precisaria de tempo e dinheiro. Pesquisando, encontrei a Cesumar, que, à época, tinha módulo em Manaus. Hoje, eles estão em Boa Vista e considero o curso e o material didático de primeira qualidade. Mais um semestre e eu recebo meu diploma concedido pela instituição”, comemora.

     

    Voos mais altos

    Hoje, com os filhos já crescidinhos e exigindo menos cuidados, Beto parte para novo empreendimento, dentro da gastronomia, claro. Coincidentemente, decola na Praça do River Park (conhecida como Praça do Avião). Ali, ele ultima preparativos para inaugurar no sábado, 7, o Rango do Chef.

    De segunda a quinta-feira, das 18h às 22h, Bellini vai oferecer comidinha com sabor caseiro, utilizando ingredientes que fazem parte da cultura e da história roraimense com os finos toques de um bom chef. O preço, ele garante, está ao alcance do bolso de qualquer um.

    Tranquilo,  cercado por árvores, o local escolhido por Bellini é muito agradável. E seguro: ao lado, está um box da Guarda Civil Municipal.

    Uma vez por mês, aos sábados, o Rango do Chef abrirá para almoço, com comidas mais elaboradas.

    O gostoso vento do verão macuxi sob copas de árvores frondosas e a tranquilidade do local, certamente, agradarão à clientela do que será o novo point de boa comida em Boa Vista.

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    Aroldo Pinheiro

    Aroldo Pinheiro,  roraimense, comerciante, jornalista formado pela Universidade Federal de Roraima. Três livros publicados: "30 CONTOS DIVERSOS - Causos de nossa gente" (2003), "A MOSCA - Romance de vida e de morte" (2004) e "20 CONTOS INVERSOS E DOIS DEDOS DE PROSA - Causos de nossa gente".

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