Manezinho era peão dos bons, amansava burro xucro e fazia dele carneirinho. Certa vez o patrão o mandou ir examinar um rebanho que queria comprar.
Nascido há 71 anos em Nova Europa, região de Araraquara, mas criado em Ribeirão Preto, no então distrito de Guatapará, o jornalista Plínio Vicente da Silva ainda convive com os danos provocados pela pólio.
Profissional com passagem por vários veículos (rádio e jornal), entre eles O Estado de São Paulo, começou a carreira em Ribeirão. Sua...
Nascido há 71 anos em Nova Europa, região de Araraquara, mas criado em Ribeirão Preto, no então distrito de Guatapará, o jornalista Plínio Vicente da Silva ainda convive com os danos provocados pela pólio.
Profissional com passagem por vários veículos (rádio e jornal), entre eles O Estado de São Paulo, começou a carreira em Ribeirão. Sua primeira experiência foi como estagiário em O Diário, responsável pelo fechamento da coluna “Lupa e Capote”, onde publicava um resumo das ocorrências policiais da noite.
Manezinho era peão dos bons, amansava burro xucro e fazia dele carneirinho. Certa vez o patrão o mandou ir examinar um rebanho que queria comprar.
Ainda criança ele descobriu que seria vítima de muitas babas vida afora, como a babugem que lhe escorria pela boca; ou a baba das vacas que ordenhava a mando do pai.
Quando o avião tocou o solo, evitando a ruma de cupinzeiros que infestam o lavrado roraimense,
As notícias se espalhavam, falando dos milagres creditados a um desconhecido rabi da Galileia. Pastores tocando seus rebanhos nas montanhas;
Encontrou toda a comunidade abalada com o que ocorrera na noite anterior, quando o velho tuxaua, agindo de forma tresloucada, pôs fim à sua vida. Percebeu que, enquanto o corpo era preparado para o ritual de despedida, uma profunda tristeza passeava pelas veredas da aldeia.
Quando pôs os pés na aldeia sentiu o ambiente um tanto ababelado. Os anciãos não se entendiam, os mais jovens se ameaçavam e as acusações cruzavam o ar como flechas envenenadas. Apaziguou os ânimos e quis saber os motivos de tamanha balbúrdia.
Guardou no farnel do marido uma porção de aaru. Pôs junto uma pena de mutum para lhe dar sorte, pois guardava na alma a angústia de vê-lo partir e o temor de não vê-lo voltar. Era uma longa viagem entre a aldeia e a cidade,
Era visto como um símbolo aarônico, tamanha a sua sabedoria e religiosidade. A solidão da selva o fez apegar-se à fé para enfrentar os demônios que transformavam sua alma em inferno. Com o tempo, novos costumes transformaram suas crenças num suplicio.
Eustáquio era o marido imperfeito, daquele que mulher só arruma porque se descuida.Todo sábado ele vestia o terno de brim impecavelmente branco,jantava e metia o pé na direção do salão de baile. Só voltava para casa com o sol batendo
Desde menino, como bom carioca, André não dispensava uma feijoada. Cresceu, estudou, se formou e um dia descobriu que a avó materna, que não conheceu, era judia.