Emagrecer é o desejo de milhões de pessoas. Muitas vezes, em busca do corpo ideal, homens e mulheres se submetem a cirurgias, severas dietas e caras academias, gastando dinheiro e fazendo sacrifícios. E os resultados nem sempre são satisfatórios.
Com o surgimento da Zumba, dança com rebolados lentos e rápidos, uma brincadeira cheia de malabarismos e contorcionismos ao som de músicas animadas, a pessoa pode perder peso se divertindo. Com a atividade, perde-se até 1200 calorias em 45 minutos. Ao término de cada sessão, a autoestima dos praticantes é visível.
E os benefícios são muitos. A zumba toma conta do corpo e da mente: melhora a coordenação motora, o sistema cardiovascular; tonifica os músculos; ajuda a controlar a pressão arterial; melhora a aparência física, postura e equilíbrio. Mais: aumenta o nível de oxigênio arterial; reduz o percentual de gordura; emagrece; e, principalmente, aumenta a autoestima.
Buscando entender o fenômeno, o fotógrafo profissional Platão Arantes resolveu acompanhar o professor Herbert Lima e suas aulas de zumba. Conversando e fotografando praticantes da novidade, ele diz ter encontrado mudanças físicas e comportamentais.
JUCIANNE APARECIDA – Em pouco mais de um ano, reduziu o manequim 54 para 42 (Arquivo pessoal)
Jucianne Aparecida, por exemplo, pesava 105 quilos quando resolveu participar das aulas e, em pouco mais de um ano, baixou para 75. “Com muito esforço e determinação mudei da água para o vinho. Hoje, me olho no espelho e me amo. Tenho boa saúde, muita disposição, meu corpo mudou, tudo mudou. Ainda quero mais, minha meta é chegar aos 70 quilos e, para isso, não perco uma aula. Agradeço a Deus e ao professor Herbert, meu grande incentivador”, disse.
Herbert relata muitos casos semelhantes. “Exemplos como o da Jucianne me enchem de orgulho. Fico feliz por ter condições de oferecer uma atividade gratuita à população, que está melhorando suas condições físicas e, consequentemente, a saúde”. Ele ressalva que para conseguir alcançar esses objetivos os alunos têm que ter muita determinação, força de vontade e não desistirem ao primeiro obstáculo.
MARLUCE SCHIMPO – Com 70 anos de idade, não perde uma aula de zumba (Foto: Platão Arantes)
A dona de casa, Marluce Shimpo, de 70 anos, é outro exemplo apontado por Platão. Hoje, dançando e requebrando no meio de pessoas bem mais jovens, ela diz ter combatido crises renais com a dança. “O médico me recomendou exercícios físicos; com a zumba, eu me livrei de sessões de hemodiálise”, afirma.
Herbert ministra aulas de zumba em diversos bairros de Boa Vista. Seu sonho é montar novas equipes com os professores que já dispõe para expandir ainda mais essa atividade. “A ideia é atender um maior número de pessoas proporcionando-lhes muita alegria e exercício que, com certeza, trará mais saúde e, consequentemente, diminuir a frequência de pessoas em postos médicos”, declara o professor.
Zumba, a origem
A zumba surgiu na última década do século passado, na Colômbia. Para uma de suas aulas, o personal trainer Alberto Perez havia se esquecido de levar as músicas que normalmente utilizava e resolveu improvisar com ritmos latinos.
Com merengues e salsas, Beto percebeu que os exercícios eram mais eficientes.
A novidade tornou-se sucesso entre os alunos do colombiano.
Posteriormente, o personal trainer decidiu aprimorar a rotina de treinos e lançou o formato que ficou conhecido como zumba.
Beto levou seu método para os EUA, onde a zumba teve grande aceitação. Os empresários Alberto Aghion e Alberto Perlman perceberam o grande potencial na criação e ajudaram a tornar a modalidade conhecida mundialmente.
Hoje, mais de 150 países utilizam a zumba como modalidade aeróbica.