A região Nordeste é a mais afetada pelo surto de microcefalia - no Brasil já são mais de 1.248 casos notificados em 311 municípios de 14 Estados. As notícias sobre o zika e os casos de microcefalia pegaram o país de surpresa e suscitaram várias dúvidas.
A relação entre o zika e a microcefalia foi estabelecida a partir de exames realizados em um bebê cearense, e que acabou morrendo com microcefalia e outras más-formações congênitas, identificou-se a presença do vírus.
A confirmação foi feita pelo Instituto Evandro Chagas, ao ser identificada a presença do vírus em amostras de sangue e tecidos desse recém-nascido A microcefalia é uma má-formação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada.
Normalmente ela é causada por fatores como uso de drogas e radiação. Na epidemia atual, os bebês nascem com perímetro cefálico menor que o normal. Não se sabe ao certo qual o período de maior vulnerabilidade para a gestante. Em análise inicial do governo, o risco está associado aos primeiros três meses de gravidez.
O zika é um arbovírus (do gênero fiavivírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Esse vírus foi identificado pela primeira vez em 1947 em Uganda, na floresta de Zika, no corpo de um macaco rhesus durante estudo sobre a transmissão da febre amarela.
Além do bebê cearense, outros dois óbitos relacionados ao vírus foram confirmados pelo governo.
Evolução
Em maio de 2015, o Brasil confirmou seu primeiro caso desse tipo de transmissão, em um paciente da Região Nordeste. No dia 26 de novembro, relatório divulgado por autoridades brasileiras mostrou que pelo menos 17 casos de má-formação do sistema nervoso central foram
registrados entre 2014 e este ano, de acordo com o Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês).
Não há vacina nem tratamento específico para o zika vírus, apenas medidas para aliviar os sintomas. O uso de aspirina não é recomendado por causa do risco de sangramento. Também se aconselha beber muito líquido para amenizar os sintomas.
O Ministério da Saúde fez apelo para uma mobilização nacional no combate ao mosquito Aedes aegypti. O governo lançou uma campanha para alertar para o fato de que o mosquito mata.
Nesta segunda-feira, o secretarias estaduais e municipais para articular uma resposta conjunta e, em especial, mobilizar ações contra esse pernilongo. Comitês especializados prometem apoiar o Ministério da Saúde nas análises epidemiológicas.
Combate
Recentemente, o Ministério informou que “está em contato com as e laboratoriais, bem como no
acompanhamento dos casos.”
No dia 13 de novembro, Cláudio Maierovitch, diretor do departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, recomendou que as mulheres adiassem planos de engravidar: “Não engravidem agora. Esse é o conselho mais sóbrio que pode ser dado”, disse.
Em seguida, o Ministério da Saúde abaixou o tom, recomendando cautela a mulheres que pretendem engravidar. Também recomenda que grávidas usem roupas de manga comprida, calças e repelentes apropriados para gestantes.
É importante que as gestantes mantenham o acompanhamento e as consultas de pré-natal, com a realização de todos os exames recomendados por médicos.
No momento, há 199 municípios brasileiros em situação de risco de surto de dengue, chikungunya e zika.
Em suma: cada um deve fazer sua parte para combater esse pequeno inseto que causa males tão grandes.