Filmes como “A noite dos mortos-vivos’, clipes como “Thriller”, de Michael Jackson, franquia de vídeo games como “Resident Evil” e séries televisivas como “The Walking Dead” têm levado pessoas a, individualmente ou em grupos, imitar mortos que caminham e invadir espaços públicos ou privados para chocar.
A possibilidade de termos um ou mais zumbis à nossa volta, em qualquer lugar, é iminente. A moda – ou modismo – começou nos Estados Unidos. Drogas sintéticas, cada vez mais populares por lá, têm produzido cenas que antigamente estavam apenas em roteiros de Holywood.
Agora, a imprensa aborda problemas que uma droga chamada 'spicy' vem produzindo em algumas cidades da Flórida.
Spicy seria como versão sintética da maconha e mexeria com a consciência de seus usuários de maneira tão grave que os transformaria em zumbis. Não! As pessoas não se tornariam os mortos-vivos que a ficção descreve, mas perderiam a noção da realidade de tal forma que seriam capazes de praticar atos violentos, sem consciência de seus atos.
Matéria de “O Globo” diz que a droga estaria ligada a diversos casos de overdose registrados nas cidades de Tampa, Clearwater e São Petersburgo, na Flórida. "Segundo órgãos de segurança, os usuários ficam inconscientes, parecendo-se com 'zumbis', após usaram a substância", afirma o jornal.
Junto ao texto, há um vídeo, feito pelo departamento de polícia de Cleaewater (FL/EUA), mostrando pessoas sob efeito de 'spicy', que mal conseguem dizer aos policiais o próprio nome quando interrogadas.
Iinvasão zumbi
Não é de hoje que os Estados Unidos vivem a iminência de uma invasão de “mortos-vivos”. Em 2012, outra droga sintética, conhecida como “sais de banho”, aterrorizou o país. A ela são atribuídas histórias que deixariam os autores dos ‘Contos de Cripta’ parecendo roteiristas dos “Teletubies” (não que este último programa não tenha um quê de assustador e o primeiro um pouco de pastelão).
Matérias da época dão conta que usuários dos “sais de banho” até praticavam canibalismo. O caso mais famoso é o do americano Rudy Eugene, morto pela polícia enquanto devorava o rosto de um morador de rua.
No YouTube encontram-se vídeos ligados ao uso de “sais de banho”. Num deles, um jovem aparece jogado no chão, transtornado, quando, sem sucesso, um policial tenta conversar interrogá-lo. Em volta do rapaz há um cenário de grande destruição, como um carro batido próximo do local onde o noiado curte o barato que saiu caro.
Envolvendo os “sais de banho”, há relatos sobre um indivíduo que, sob efeito da droga, arrancou o próprio intestino. Ele teria sido encontrado pelos policiais quando fazia picadinho de si mesmo, depois de consumir a “droga dos zumbis”.
Depoimento
Roraimense, que mora na Flórida e que pediu para não ser identificada, disse ter ouvido comentários sobre o que essas drogas sintéticas são capazes. “Uma americana me disse que o “spicy” é vendido livremente em lojas de conveniências. Ele não é nada mais do que uma espécie de incenso. Só que o povo dá um jeito de fumá-lo e acaba ficando muito louco”, explicou.
“Essa americana, que mora em área com grande concentração de usuários de drogas, disse que já viu coisas muito ruins. Tipo gente tentando comer, literalmente, a outra. Como se fossem canibais. Ela disse que, na verdade, isso já tem no país todo, mas que não é muito comentado”, contou Vanessa.