No total, foram 18 casos atendidos pelo juiz da Vara da Justiça Itinerante, Érick Linhares, e pela defensora pública Elceni Diogo. Como resultado, obteve-se a conciliação de um casal, cinco acordos de pensão alimentícia, cinco divórcios e sete dissoluções de união estável.
As audiências são resultados de atendimentos feitos na sede do Chame, localizada na rua Coronel Pinto, no Centro de Boa Vista, e ocorrem a cada dois meses.
Além dos acordos mencionados acima, há os de reconhecimento de paternidade, regulamentação de visitas e de guarda compartilhada.
Atendida na última terça-feira, o caso da haitiana Stela Joseph, que passou a morar com um homem, mas, com o passar do tempo, situações de violência psicológica e moral se tornaram rotineiras. “Eu saí de casa e andava pela rua sem saber o que fazer”. Da Delegacia da Mulher, ela foi encaminhada para Casa de Maria - abrigo para mulheres vítimas de violência doméstica. Lá, Stela conheceu o trabalho do Chame.
No Chame, Stela foi recebida por assistentes sociais, advogadas e psicólogas. Com o problema apresentado, ela e o companheiro foram convocados para participar de uma audiência. “Pensava que ninguém ia trabalhar em meu caso, mas cheguei ao final”.
Stela alerta para que outras mulheres não tenham medo e procurem seus direitos. “Mulheres com problemas de conjugais devem procurar o Chame para ter um futuro melhor”, finalizou.
Segundo o juiz Erick Linhares, que mediou as audiências do dia 19, a parceria entre a Justiça estadual e a Assembleia Legislativa, por meio do Chame, agrega importância na luta contra a violência doméstica e os direitos das mulheres. “O Chame trabalha com atendimento diferenciado e nós estamos aqui para colaborar e ajudar”, disse.