Na manhã de 22 de junho, na Arena Zent, em São Petersburgo, Rodrigo Denardi Vicentini, 31, foragido da Justiça, foi preso pela Polícia Federal brasileira quando torcia pelo Brasil durante o jogo contra a Costa Rica. Como recebeu voz de prisão ainda na metade do segundo tempo, o bandido capixada nem pôde assistir aos dois gols que deram vitória à Seleção Canarinho.
Vicentini é acusado de ter participado, com mais dois comparsas, de roubo a uma agência dos Correios no município de Itarana (ES), em 22 de março do ano passado, de onde, afirma-se, foram levados R$ 230 mil. Contra ele havia mandado de prisão em aberto por determinação da 1ª Vara Federal Criminal do Espírito Santo.
Quando recebeu voz de prisão, o brasileiro portava passaporte italiano. A pedido da Polícia Federal, Rodrigo fazia parte da lista de difusão vermelha de procurados pela Interpol, o que possibilitou a detenção em solo russo.
Cooperação internacional
A prisão foi feita por policiais federais enviados para o Centro Internacional de Cooperação Policial (CICP), em Moscou, cujos agentes atuam nos estádios durante os jogos do Brasil.
Os policiais agem de forma integrada às autoridades russas, o que levou à identificação e localização do foragido, que poderá ser extraditado.
O envio de equipes especializadas de policiais federais para a Rússia, durante a Copa, integra modelo de ação típico de grandes eventos: durante a Copa de 2014 e Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, o Brasil recebeu diversas equipes de policiais estrangeiros para esse tipo de ação.
O Grande Irmão está de olho
Com a evolução dos meios de comunicação, seres humanos, em todo o mundo, estão constantemente sendo vigiados, transformando em verdade a obra ficcional de George Orwel: 1984.
A Construção da ponte Pedro Ivo, ligando a ilha de Santa Catarina ao litoral, deixou um rombo de R$ 27 milhões de reais. Miguel Orofino, principal suspeito de ser o mentor do roubo, sumiu quando a falcatrua começou a ser investigada. Sua bela secretária também tomou Doril.
Em julho daquele ano, por mero acaso, Miguel e Meire foram filmados entre brasileiros que assistiam a uma partida de vôlei da Seleção brasileira, em Barcelona, na Espanha.
Na época, apesar de esforços, a Polícia Federal não conseguiu localizar o casal. Em 1997, cinco anos depois da filmagem, Miguel e a secretária foram presos em Sintra - a quinze quilômetros de Lisboa, Portugal.
Os meliantes foram trazidos de volta ao Brasil com ajuda de denúncia anônima.