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Domingo, 14 Janeiro 2018 20:37

Venezuela: lazer recheado de terror

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Venezuela: lazer recheado de terror Foto: Rui Figueiredo / Manipulação: Aroldo Pinheiro

Viajar em terras venezuelanas pode trazer dissabores. E até a morte

Apesar de ter lugares espetaculares, hotelaria de boa qualidade, restaurantes com boa comida e custo de vida baixíssimo (depois de feito o câmbio de reais em bolívares), fazer turismo na Venezuela sempre divide opiniões entre brasileiros.

Um dos principais destinos escolhidos por roraimenses e amazonenses, viajantes devem ser cautelosos ao pisar em solo venezuelano. Dissabores podem surgir já em Santa Elena de  Uairén, onde descuidistas se aproveitam para surrupiar valores de bolsas e arrombar carros para levar o que encontrarem.

Policiais, soldados do exército bolivariano e agentes da Guardia Nacional podem ser mais perigosos que os bandidos. Corruptos até a alma, todos estão sempre prontos a tomar algum dinheiro de viajantes. São capazes, até, de inventar problemas de documentação do visitante para, “por uma propina”, resolverem.

Se o turista pretende ir além da primeira cidade depois de cruzar a fronteira, deve preparar-se para humilhações e, claro, pagar propinas em todas as muitas alcabalas (postos de fiscalização) pelo menos até Puerto Ordaz – cidade industrial no Estado Bolívar.

 

Assaltos

São muitos os relatos de assaltos. Alguns com morte. Nos últimos dias de dezembro, turistas brasileiros que visitavam o Estado Nueva Esparta (Ilha de Margarita) foram atacados por delinquentes que, com armas de grosso calibre, renderam todo mundo e levaram valores e documentos. Ao Roraima Agora, o comerciante amazonense Marcos Uchoa, disse que pretendia passar festas de fim de ano na ilha caribenha. “Foi tanta aporrinhação, tanta insegurança, que decidimos voltar e passar as festas com parentes que vivem em Boa Vista”, lamenta.

Em sua página no Facebook, o jornalista Rui Figueiredo alerta: “Se deseja ir a Margarita, reserve o dinheiro da propina: 80 dólares para automóvel, 120 para SUV ou picape e 30 por pessoa. Se a opção for deixar o carro em Puerto La Cruz e atravessar num barco de passageiros, reserve 1,5 milhão de bolívares (150 Reais) de propina por viajante”.

Figueiredo sugere outros destinos na Venezuela: Tucacas, no estado Falcon, por exemplo. O jornalista informa que ali – a duas horas de Caracas, por estrada - há belas ilhas com ondas calmas, areia branca e água cristalina. Diz ainda que a região tem bons hotéis e pousadas, além de comida a preços convidativos.

Quer ir à Venezuela? Cruze os dedos, reze e parta.

Lido 2988 vezes Última modificação em Domingo, 14 Janeiro 2018 20:47
Aroldo Pinheiro

Aroldo Pinheiro,  roraimense, comerciante, jornalista formado pela Universidade Federal de Roraima. Três livros publicados: "30 CONTOS DIVERSOS - Causos de nossa gente" (2003), "A MOSCA - Romance de vida e de morte" (2004) e "20 CONTOS INVERSOS E DOIS DEDOS DE PROSA - Causos de nossa gente".

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