Seguindo Lufthansa, Air Canada e Alitalia a Latam, empresa que nasceu da fusão da chilena LAN e da brasileira TAM anunciou na segunda-feira, 30, a suspensão “temporal e indefinida” de suas rotas para a Venezuela. Mesmo sem saber quando o governo venezuelano quitará suas dívidas com o setor, as empresas Copa, do Panamá, e a colombiana Avianca continuam conectando Caracas a outros destinos latino-americanos, mas com redução na frequeência e no número de equipamentos.
Driblando o assunto, diretores da Latam conectam a suspensão à dívida que o governo Maduro tem com o setor. Dão voltas dizendo que o cancelamento de voos se dá por causa do “complexo cenário macroeconómico atravessado pela região e que a Venezuela é mercado importante”. No comunicado, a empresa diz que vai lutar “para retomar brevemente as operações tão cedo quanto as condições globais permitirem”.
A rota entre São Paulo e Caracas foi cancelada a partir do anúncio; outros destinos como Lima, no Peru, e Santiago, no Chile, serão descontinuados no dim de julho.
A medida tomada pela Latam se dá logo depois que Lufthansa, Air Canada, Alitalia e Tiara Air cancelaram seus voos para o país de Nicolás Maduro, por causa da crise política e socioeconómica enfrentada pela Venezuela, que, rapidamente, fica ilhada por via aérea.
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, sigla em inglês) calcula que a dívida de Caracas para com empresas aéreas supere os US$ 3,7 milhões e, apesar de pressão sobre autoridades venezuelanas, não se chega a nenhum acordo para liquidá-la.
(Fonte: El País)