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Domingo, 12 Novembro 2017 23:14

Edileuza sobrevive de caridade

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Edileuza sobrevive de caridade Reprodução/Facebook

Sofrendo com um câncer, ela também sofre com o descaso do poder público

Imagine o que é assistir ao definhamento da pessoa amada diante da incompetência e inoperância do poder público, ter que acordar cedo e dormir tarde - ou passar muitas noites sem dormir - para dividir o tempo entre a busca por seus direitos em repartições públicas, correr atrás de ajuda, mendigando em gabinetes de políticos e tentando mobilizar a sociedade para que um tratamento contra câncer não seja interrompido.

Nos últimos três anos, essa é a realidade vivida pelo repórter fotográfico Antônio DIniz, 54, - desde que um tumor maligno foi detectado no organismo de sua esposa, Edileuza. Os  medicamentos são caros e o Estado não se dispõe a cumprir a sua obrigação de oferecer saúde aos cidadãos.

Diniz tem se valido de redes sociais para conseguir fundos sempre que precisa comprar unidades do remédio que traria mais conforto e esperança para sua companheira, com quem é casado há 34 anos.  Apesar da determinação da Justiça para que o Governo do Estado providencie o medicamento (quatro cápsulas, necessárias para esta fase do tratamento, custam mais de R$ 20 mil reais), ele tem medo que a sequência do tratamento seja perdida e Edileuza venha a sofrer mais do que tem sofrido. Diniz botou à venda seu carro, sua moto e até mesmo seus equipamentos fotográficos

Com empenho de amigos, o fotógrafo conseguiu dinheiro para comprar quatro frascos do  medicamento para Edileuza. Mas quem pagará as próximas 87 doses? 

Pelo Facebook, Fabiana Nogeira comemora essa primeira vitória e informa que as unidades restantes serão pagas pelo Governo do Estado, por determinação da Justiça - inclusive com bloqueio de saldos bancárias.  

Quantas Edileuzas passam pelo que a esposa de Antônio Diniz está passando?

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Aroldo Pinheiro

Aroldo Pinheiro,  roraimense, comerciante, jornalista formado pela Universidade Federal de Roraima. Três livros publicados: "30 CONTOS DIVERSOS - Causos de nossa gente" (2003), "A MOSCA - Romance de vida e de morte" (2004) e "20 CONTOS INVERSOS E DOIS DEDOS DE PROSA - Causos de nossa gente".

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