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Segunda, 06 Junho 2016 06:50

Depois de comemoração, presos fogem da Pê-á

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MAIS UMA VEZ DE NOVO – Policiais recolhendo escadas tornou-se cena corriqueira na Pê-á MAIS UMA VEZ DE NOVO – Policiais recolhendo escadas tornou-se cena corriqueira na Pê-á www.boavistaagora.com.br

Fugitivos usaram escadas e buraco no muro para se escafeder da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo

 

Na madrugada de segunda-feira, 30, depois de festa sem explicação lógica nas instalações da Penitenciária Agrícola do Monte Cristo, presos conseguiram fugir utilizando-se de escadas e de um buraco feito no muro do presídio.

De tão corriqueiras, fugas da Pê-á causam piadas e críticas à incapacidade do governo do Estado frente ao sistema prisional.

Por meio de nota, o Governo do Estado informa ter localizado e obstruído o buraco utilizado para a fuga. Claro: é o mínimo que podiam fazer. O documento também informa que a contagem de presos - para identificar e saber quantos conseguiram escapar – seria feita para que pudessem informar a Vara de Execuções Penais.

Pronto. Mais de dez presos fogem e as ações enérgicas tomadas pelo Governo são essas.

No fim de semana, internautas postaram imagens das preparações para uma churrascada que ocorreria nas dependências da Pê-á. Dizia-se que seria festejado o aniversário do braço da facção criminosa PCC em Roraima. Por seu lado, o Governo do Estado garante que a festa foi organizada pelos presos para comemorar o Dia das Mães. Mas o Dia das Mães não é festejado no segundo domingo de maio?

Há ainda a versão não oficial de que a festança tenha sido uma maneira de aproximar o secretário de Justiça e Cidadania dos presidiários e seus familiares e conseguir votos para candidatura do filho dele, genro da governadora Suely Campos, que pretende sair candidato a governador nas próximas eleições.

Seja por que motivo for, com festa ou sem festa, ante as facilidades encontradas, os meninos não resistem ao desejo de deixar a Pê-á e se divertir um pouco praticando crimes cá do lado de fora.

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Aroldo Pinheiro

Aroldo Pinheiro,  roraimense, comerciante, jornalista formado pela Universidade Federal de Roraima. Três livros publicados: "30 CONTOS DIVERSOS - Causos de nossa gente" (2003), "A MOSCA - Romance de vida e de morte" (2004) e "20 CONTOS INVERSOS E DOIS DEDOS DE PROSA - Causos de nossa gente".

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