Pai: - Meu filho, o que você quer ser quando crescer?
Filho, seis aninhos: - Quero ser soldado militar.
Pai: - Mas soldado vai pra a guerra e pode ser morto pelo inimigo.
Filho: Ah..., então eu quero ser inimigo.
A avó de Bernardo determinou que ele só sairia para jogar futebol depois que ela tivesse tomado sua lição. Cartilha aberta sobre a mesa, o pirralho dividia pensamentos entre bola e as letras:
- U-vê-à-vá... Uva
- Bê-ô-bô-ele-ó-ló... Bolo
- Eme-á-má-cê-á-cá-cê-có... Macaco
No último desafio, ansioso, Bernadinho se perdeu:
- Cê-á-cá-esse-á-sá-cê-ó-có... Paletó
O caminhão de madeira de Daniel, seis aninhos, quebrou. Com pregos e martelo, consertei-o. Depois, mostrando a ferramenta para meu filho, perguntei-lhe:
- Qual é o nome disso?
- Martelo...
- E pra que serve o martelo?
- Pra bater em caminhão quebrado.
Depois do almoço, o casal tomou rumo de casa. Cada um em seu carro; cada um com uma das filhas. Nos semáforos, os veículos se emparelhavam e a família brincava entre si. Depois do último sinal, a mãe acelerou, deixando o carro do pai com a filha mais nova pra trás. Vendo que a distância aumentava, a pequena, seis aninhos, vislumbrando ali uma disputa, apelou:
- Tu tem um plano B, né, papai?
Na sala, eu assistia a um filme. Guilherme, seis anos, jogava com o computador. Levantei-me, desliguei os aparelhos e ouvi:
- Num tá gostando do filme, vovô?
- Não. É meio chato.
- É assim mesmo, vovô: primeiro ales apresentam as pessoas; depois, surge um problema; e, no final, termina tudo bem.
Natal, o Papai Noel contratado sofreu acidente e não pôde comparecer à festa. Em cima da hora, resolvemos colocar nosso primo, Neumar, para fazer as vezes do bom velhinho. Àquelas alturas, todos nós já tínhamos tomado boas doses de uísque; Neumar inclusive.
Imediatamente depois de receber presentes e conselhos do São Nicolau improvisado, Natália, então com seis aninhos, correu para a mãe e reclamou:
- Nossa, esse Papai Noel tem um bafo...