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Quarta, 23 Dezembro 2015 18:36

Beleza irresponsável

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 Apesar de notícias que quase todos os dias invadem rádios, jornais, televisões e internet sobre perigos e male­fícios a que mulheres – prin­cipalmente – se submetem em busca do corpo ideal, é grande o número de incautos que se submetem a procedimentos duvidosos com pessoas sus­peitas e fazem aplicações de produtos não aconselháveis para a saúde.

 Recentemente, o caso de Andressa Urach, que segue in­ternada em hospital de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, ocupou por vários dias a mídia nacional. A bela modelo nunca escondeu ter usado meios arti­ficiais para conseguir a beleza, que ela pensa, ideal.

 

 

Não satisfeita, Andressa submeteu-se a uma bioplastia nas coxas e autorizou aplica­ção de 400ml de polimetilme­tacrilato, mais conhecido por PMMA (ou hidrogel) – quan­do o aceitável por médicos es­pecialistas seriam 2ml.

 

Sobre o caso, e em tom de alerta, a presidente da Socieda­de Brasileira de Dermatologia, Denise Stainer, disse que pelo fato de o hidrogel ainda ser pouco conhecido, os derma­tologistas tendem a ter cuida­do com as aplicações, já que não se conhecem seus efeitos e complicações a longo prazo.

 

Morte

A internação de Vanessa, traz à baila a busca desenfreada e irresponsável pela beleza ideal a qualquer custo. Recentemente, a im­prensa debruçou-se sobre Maria José Souza Brandão que morreu após submeter-se a procedimentos estéticos com a falsa biomédica goiana, Raquel Policena Rosa.

 

Depois da morte de Ma­ria José, dezenas de pessoas procuraram a polícia e a im­prensa para denunciar a falsa profissional que ganhou mui­to dinheiro à custa de sonhos de beleza.

Autoridades médicas en­fatizam que as pessoas devem cercar-se de cuidados ao deci­dir-se por produtos e procedi­mentos que prometem corre­ções milagrosas.

 

Beleza importada

Em Roraima, é grande o núme­ro de mulheres que cruzam a fronteira com a Venezuela em busca da beleza barata ofere­cida por médicos de Puer­to Ordaz, metrópole no país vizinho. Preço é o principal atrativo. A vendedora Rosa Mourão, 27, festeja as curvas conseguidas pelas mãos de médico da República Boliva­riana: “Tá vendo esse ‘corpit­cho’? Paguei cinco mil por es­sas curvas. Aqui no Brasil, não saíram por menos de quinze [mil reais].

 

Professora de 47, que pe­diu anonimato, sofre com dores e com as cicatrizes que médicos venezuelanos deixaram em seu abdome. Ela diz que não usa mais biquíni e que, para não ver o estrago que fizeram em seu corpo, trocou o grande espelho de seu quarto, por um bem me­nor – que mostra somente do busto para cima.

 

Pior, a professora diz que seu plano de saúde não cobre o “acidente” causado por pro­cedimentos que ela procurou no exterior. Sem dinheiro, ela enfrenta fila do SUS para fazer cirurgias reparatórias.

Lido 2486 vezes Última modificação em Segunda, 28 Março 2016 09:08
Redação

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