By Tia Lyka on Domingo, 15 Abril 2018
Category: Crônica do Aroldo

Com cuspe e jeito...

Aquela senhora simpática que vende empadas deliciosas pelas ruas da cidade interpelou o Barão na Ville Roy e disse: "Tenho uma consulta para o Roraima Agora. É o seguinte: amiga minha gosta de coroas. Essa garotada só quer saber de montar e ela não se satisfaz só com um cavaleiro: ela quer um cavalgador que seja cavalheiro. O problema é que homens acima de 70 têm problema para levantar o rebenque; o que ela pode fazer para se satisfazer?"

Complicado, amiga. Mas vamos tentar ajudar. Aprendemos que tudo o que sobe desce. Ninguém consegue ir contra as leis da natureza. Pense positivo. Pense em qualidade, não em quantidade. Ao conseguir um cavalheiro dentro da faixa etária que lhe dá tesão, descubra, devagar, com calma, elegância e disciplina, a maneira de despertar o gigante que o velhinho tem adormecido entre as pernas. Você vai descobrir que o que demora pra subir leva algum tempo pra cair. 

Depois de deixar a espada de seu salvador no ponto, percam-se em carinhos antes de partir para as vias de fato. Vale tudo. Lambidas são imprescindíveis: todo homem gosta de ser feito de picolé. Invente sem deixar que seu idoso pense que você é avançadinha "e só falta começar a fumar". 

Tratando seu velhinho com jeito, você vai descobrir que eles sabem fazer coisas que essa garotada só vai aprender quando chegar à idade deles. 

Ah! Quando arranjar um velhinho pra você, veja se ele tem um amigo, na mesma faixa etária, disponível: eu também me amarro em coroas (e, se vier com a carteira recheada de garoupas, melhor).

Fui!!!