Além da diferença de idade entre adversários, havia a preferência por diferentes estilos de luta. Ricardo iniciou sua trajetória na Luta livre; Gago, no boxe olímpico, modalidade que ele já tinha participado em campeonatos brasileiros.
Nas apresentações, a ansiedade de Ricardo era visível. Ele seria o último a subir ao ringue. Irmão e amigos estavam na torcida e a chegada do grande momento fazia o gigante tremer. “Estou ficando ansioso. E isso não é bom. Ansiedade leva embora todo o gás do cara”, confessou.
Chegada a vez de o veterano fazer sua esperada estréia no MMA: olhos fixos, cara de mau, postura de campeão. O gongo soou e, como esperado, Ricardo partiu na tentativa de agarrar as pernas do adversário para levá-lo ao chão. Deu errado. O adversário não caiu e, para piorar, começou a mostrar seu boxe para o estreante.
Ricardo retribuiu o carinho. E, nisso, o que seu viu foram encontros nada amigáveis entre canelas, pés, joelhos, braços e punhos. Com a luta em pé, o inevitável aconteceu. Os socos e chutes de David Gago encontraram Ricardo. O Gigante tombou. A luta foi interrompida antes do segundo minuto do primeiro round. Estava feito. Nocaute. Mesmo com resultado adverso, Ricardo estreou no MMA. A motivação do guerreiro continuava intacta. “Isso foi só o começo; em março, eu luto de novo. Uma derrota não me faz desistir. O que eu quero é lutar”, afirmou Ricardo, mostrando lar