Muito católica, dona Neuza queria que um de seus filhos fosse sacerdote. Para influenciá-lo, até deu o nome de Anchieta a seu menino mais velho. Um dia, depois da novena, entre as comadres, resolveu mostrar que o pirralho, sete aninhos, estava encaminhado para as coisas da fé; com o menino no colo, arriscou:
- Anchietinha vai ser padre, né?
O menino, rapidamente, fugiu da proposta:
- Padre não, mãe: padre é capado e veste roupa de mulher.
Aroldo Pinheiro, roraimense, comerciante, jornalista formado pela Universidade Federal de Roraima. Três livros publicados: "30 CONTOS DIVERSOS - Causos de nossa gente" (2003), "A MOSCA - Romance de vida e de morte" (2004) e "20 CONTOS INVERSOS E DOIS DEDOS DE PROSA - Causos de nossa gente".