Aos 76 anos, o estadunidense Stevie sai do armário e vira Stéfanie
Em livro, Jornalista relata história do pai que, aos 76, virou mulher.
Tudo começou com um e-mail que a jornalista estadunidense Susan Faludi recebeu em 2004. Sob o título “Mudanças”, a mensagem dizia: “Querida Susan, tenho novidades interessantes para você. Decidi que já basta de incorporar o macho agressivo que nunca fui por dentro", continua, e para ilustrar anexa uma foto sob a legenda "pareço cansada depois da cirurgia".
Susan surpreendeu-se ao ver, de blusa sem manga e saia vermelha, o homem com quem ela mal falara por 25 anos. Steve pai da norte-americana disse-lhe que havia mudado seu nome para Stéfanie.
Passado o choque, Susan viajou para a Hungria, onde morava o ex-Steve, em busca de informações para um livro escrito a pedido do próprio pai. Daí o surgimento do livro “In the Darkroom” (em tradução livre: No quarto escuro).
Susan diz que cresceu vendo o pai como protótipo do macho americano. Steven lhe dava medo. Lembra-se de quando ele, depois de separar-se da esposa, atacou, com um taco de beisebol, o novo namorado dela. A jornalista afirma que, em alguns momentos de convívio com Stéfanie, sentiu-se desconfortável com a situação. Para ela, o pai desafiou não só visões tradicionais sobre masculino e feminino mas também conceitos mais contemporâneos sobre gênero.
Stéfanie morreu em 2015, aos 87. "Sinto falta do meu pai e a chamo pelo que nome que ela mais amou: Stéfi. Sinto falta dela."
(Fontes: www.harpercollins.co.uk e The Guardian)