By Ulisses Moroni on Quinta, 10 Março 2016
Category: Crônica do Moroni

Usar o celular, e não ser refém dele

O celular talvez seja uma das criações mais revolucionárias do homem.

Recordo-me quando não havia celulares, e vivia muito bem.

Agora, difícil, se não impossível, imaginar o mundo sem o pequeno aparelho. 
Ser localizado em todo lugar, a qualquer hora. 
Uma aceleração da comunicação, uma aproximação das pessoas.
No mundo dos smartphones, sou recente. 
Comprei o meu primeiro em janeiro de 2014, aquém da média. 

Eu não tinha ideia de como essa geringonça seria útil para mim.  
Não mais consigo viver sem ele, uma certeza. 
WhatsApp, e-mails, movimentar conta bancária, tirar fotos, ver notícias, diversos aplicativos uteis, enfim, MIL E UMA UTILIDADES!
Até pagamentos já são feitos com celular, em caminho para substituir o próprio dinheiro de papel.
Fui constatando, porém, um fato novo: o tempo que o celular me trouxe, ele, ao mesmo tempo, me tirou.
Como há tanta informação num smartphone, todo tempo que temos não é suficiente para absorver tudo.

Logo, temos que ficar teclando o tempo todo. É possível ter contato simultâneo com milhares de pessoas. 
Antes acostumávamos e falar com duas ou três ao mesmo tempo. 
Por meio dos grupos de relacionamento, podemos falar com duas mil pessoas! A inovação do smartphone é ser um telefone que pode ser usado em silêncio. Nele, mais teclamos do que falamos. Então, pode ser usado em qualquer lugar. 
Em todo momento, a gente pega nele e OLHA, mais do que escuta ou fala. Ele invade e conquista qualquer espaço de nossa vida.
Notei que faltava-me tempo para algumas coisas que antes eu fazia com facilidade. Cheguei à conclusão de que o pequeno aparelho, o SMARTPHONE, estava sugando minutos demais do meu dia.  
E também atrapalhando tarefas que me exigem concentração. 

Hora de usar nossa infinita inteligência humana para aprimorar o meu celular. 

Não exatamente melhorar o aparelho, pois há profissionais trabalhando sem parar com o objetivo de criar e atualizar aplicativos.

O APRIMORAMENTO NO CASO É DISCIPLINAR MEU USO DO CELULAR. 
Estou tentando algumas regras :
- DORMIR COM ELE NO SILENCIOSO;
- QUANDO FOR ALMOÇAR OU JANTAR, DEIXAR O APRELHO NO CARRO;
- TENTAR NÃO UTILIZÁ-LO EM AUDIÊNCIAS;
- BANHO, CAMINHADA E ACADEMIA SEM O CELULAR;
- A BOA LEITURA, DEIXAR O CELULAR UNS METROS DISTANTES. Se o celular estiver a uns metros da gente, certamente o usaremos menos. Apenas iremos até ele quando houver som. 
Longe de querer viver sem o celular. 
Espero que ele se aprimore muito ainda. 
MAS TAMBÉM QUERO MANTER MEUS MOMENTOS A SÓS COMIGO MESMO!