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Advogada bota a mão na massa

    Segunda, 10 Abril 2017 13:45

    Advogada bota a mão na massa

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    Advogada bota a mão na massa Aroldo Pinheiro

    Pães caseiros especiais para driblar a crise, ajudar colaboradoras e dar vazão à inquietude podem virar grande empreendimento

    De uns tempos pra cá, só se fala em crise. Grandes redes reduzem número de lojas, pequenos empresários lutam para manter portas abertas, shoppings fazem todo tipo de promoções para atrair clientes. No outro lado, brasileiros fazem jus à fama de empreendedores e centenas de novos pequenos
    negócios pipocam em todas as cidades. Alguns não sobreviverão mais do que alguns meses; outros crescerão e transformar-se-ão em grandes geradores de emprego e renda.

    Na segunda categoria, está o “Pães das meninas”, negócio surgido no dia 7 de março, a partir da criatividade e impulsividade de Ana Lucíola Franco, que, a poucos meses de aposentar-se pela Advocacia Geral da União (AGU), preocupa-se com o que fazer nas futuras horas de folga.

    Mentora do projeto, a advogada explica: “A crise chegou a todos os lares brasileiros e nós vimos a necessidade de reorganizar o orçamento de nossa casa. Entre as medidas: corte do número de empregadas domésticas. Depois de demitir uma delas, mostramos às outras duas – que convivem conosco há muitos anos – que, para continuarem aqui, teríamos de criar nova fonte de renda. E por que não fazer pães artesanais para vender? Patrícia e Letícia, trabalhadeiras, espertas, inteligentes, aceitaram na hora. E cá estamos nós nesse empreendimento que, parece, veio pra ficar”.

    Das 10 da manhã às 4 da tarde, de segunda a sábado, o movimento no número 247, da rua Victor Hugo, no bairro Canarinho, é intenso. Encomendas são conferidas, ingredientes são selecionados, fornos são acesos e as meninas botam a mão da massa.

    Entre 14h e 15h, à proporção que pães vão sendo finalizados, Ana Lucíola, com papel e caneta à mão, enquanto dá atenção às crianças que ali vivem, atende telefone celular, checa mensagens recebidas e discute detalhes de reforma com pedreiros, escreve nomes e endereços de clientes em sacos de papel marrom, repassa-os para Fernando Sena que se encarrega de acomodar os produtos nas embalagens e sai para entregar as deliciosas encomendas.

    É assim mesmo. Uma loucura. Ana diz que gosta e que não sabe viver sem esse corre-corre.

    Às 16h, com a cozinha limpa e arrumada, enquanto Patrícia e Letícia descansam, Ana Lucíola já está na AGU, onde cumpre segundo expediente diário em cinco dias da semana.

    Ana Lucíola endereça as embalagens que serão preenchidas com pães e entregues por Fernando Sena à clientela (Foto: Aroldo Pinheiro)

    Redes sociais

    Usando a força de Facebook, WhatsApp e Instagram, o negócio deslanchou. Ana Lucíola e sua companheira, médica Eugênia Glaucy, têm milhares de amigos cadastrados. Daí, depois de provar as delícias que as meninas oferecem, a divulgação passa a ser boca a boca. Ana Lucíola e Eugênia Glaucy – esta, reconhecida por suas habilidades com forno e fogão - elaboram, provam e lançam as receitas.

    Pizza, queijo com manjericão, queijo com ervas queijo e presunto, calabresa, mortadela, frango com requeijão, toscana com cebola, estrogonofe, e carne de sol com queijo são alguns dos recheios oferecidos pela grife. Mas as meninas estão testando novos sabores. O produto, tamanho aproximado
    de um pão de forma convencional, dependendo do recheio, sai por R$ 20 ou R$ 25 (mais taxa de entrega). Preocupada com o grande número de pessoas que vivem sozinhas, as meninas lançaram um pãozinho menor, que recebeu o nome de “baby” e custa R$ 10 ou R$ 15 – dependendo do recheio.

    Patrícia e Letícia são sócias de Ana Lucíola e estão empolgadas com a aceitação dos produtos (Foto: Aroldo Pinheiro)

    Futuro, legalidade e responsabilidade

    Ana Lucíola diz que a ideia é crescer. Muito. E legalmente. Está providenciando o registro da empresa, pretende construir uma cozinha exclusivamente para a produção de seus quitutes e, nos próximos dias, abrir um ponto de vendas. “Teremos um local agradável onde as pessoas possam
    embalar conversas com música de boa qualidade e comida e bebida escolhidas a dedo”, diz a advogada e
    neo padeira.

    Experiência de 10 meses com o Café Musique – local que oferecia happy hours de segunda a sexta-feira e cafés da manhã com música ao vivo em fins de semana – provam que as meninas entendem do riscado. “Tivemos que fechar porque Rafaela Ferreira, filha de Eugênia, precisou ausentar-se de Roraima
    para cursar gastronomia.

    Agora, com equipe e objetivos bem definidos, nosso empreendimento há de durar por muito tempo”, encerra Ana Lucíola.

     

    Quer experimentar as delícias que as meninas produzem? Ligue para 3623-0148 e faça sua encomenda.

     

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    Aroldo Pinheiro

    Aroldo Pinheiro,  roraimense, comerciante, jornalista formado pela Universidade Federal de Roraima. Três livros publicados: "30 CONTOS DIVERSOS - Causos de nossa gente" (2003), "A MOSCA - Romance de vida e de morte" (2004) e "20 CONTOS INVERSOS E DOIS DEDOS DE PROSA - Causos de nossa gente".

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