Eu corria, quando de repente acabou a energia. Ficar no escuro, sem energia, também outra peculiaridade local... Tudo escuro por alguns momentos. Mas, durar alguns segundos não quer dizer instantâneo. Alguns segundos podem ser momentos infinitos. E foram.
Corria, estando bem aquecido. Tinha pegado um bom ritmo, boa velocidade para a ocasião. Aquela praça tem sarjetas altas, e várias rampas que rebaixam na calçada, para cadeirantes. Também havia algumas obras, havendo objetos nas pistas.
Crianças brincavam, e ciclistas pedalavam. Outras pessoas correndo e caminhando.
Quando a energia cessou, apagando a iluminação, até que a minha “ficha caísse”, eu ainda corri um pouco. E confesso me senti plenamente vulnerável! Vi-me correndo a pé no escuro total. Nos primeiros momentos é pior, pois ocorre a adaptação da visão. Já me preparei para um acidente tipo: cair em buraco, na sarjeta, colidir com criança ou ciclista, colidir e me esfolar nos objetos das obras que estavam espalhados, colidir com alguma das várias pessoas que ali estavam também correndo ou caminhando. E outras incontáveis formas de acidentar-se!
]]>Lembrando que o BPC tem o valor de um salário mínimo.
Nosso protagonista é um brasileiro honrado, cidadão exemplar. Trabalhou mais de quarenta anos, até que passou a ter problemas de saúde, e teve que reduzir as atividades. Ficou contando os minutos para chegar aos 65 anos e conquistar um pouco de tranquilidade.
Trabalhou tanto na vida que até deixou de pagar suas contribuições previdenciárias. Se assim tivesse feito, já teria se aposentado. Mas, sempre pensou na família, criou e formou sete filhos. Também conseguiu que a esposa não precisasse trabalhar enquanto os filhos eram pequenos.
Para receber o Benefício de Prestação Continuada, necessário analisar a renda de todos que moram na casa. Quando ele preencheu o cadastro, colocou ela como sua companheira em união estável. Quando foram analisar os dados dela, constou que ela era casada, mas com outro homem! Isto parou o processo, esclarecimentos seriam necessários.
]]>Esta a melhor para palavra para descrever a sensação que tive ao ver uma foto do principal elenco da primeira versão do "Sítio do Pica-pau Amarelo" - série de televisão baseada na obra do escritor Monteiro Lobato, criada e transmitida pela Rede Globo no final dos anos setenta e início dos oitenta.
Os personagens da foto eram Dona Benta, Tia Anástacia, boneca Emília, Visconde de Sabugosa, Pedrinho e Narizinho. Estes os principais, de todos os episódios.
Mas havia outros, a bruxa-jacaré Cuca, o saltitante Saci Pererê, Tio Barbabé, o porquinho Marques de Rabicó, o burro-sábio Conselheiro...
Vendo isto, parece que retorno no tempo. Meus pensamentos voam e, como num filme, assisto-me em uma cena.
]]>Eu iria falar que ele FICOU tetraplégico. Mas, depois da conversa que tive com ele, vou dizer que ele ESTÁ tetraplégico.
O acidente ocorrera há uns vinte anos.
Com uns cinquenta anos, ele estava acompanhado dos filhos, que o ajudavam.
Falei bastante com ele, possibilitado pelo momento.
Iniciou-se naquela conversa, ali, uma aula de vida para mim.
Contou-me que, em verdade, sofria de tetraplegia em menor grau. E explicou os diversos tipos desta situação.
Até aquele momento, eu achava que todas as situações de tetraplegia eram iguais. Depois da conversa, vi que existem classificações.
Falou da ida ao Hospital Sarah Kubistchek, em Brasília, referência mundial nesse tipo de tratamentos.
Recordo-me quando não havia celulares, e vivia muito bem.
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